Homem teve que acionar a Justiça para ser preso
Com mandado de prisão federal pelo não comparecimento a uma audiência, Anderson Ribeiro teve que acionar a Justiça para conseguir ser preso em Ponta Porã. Ele respondia por tráfico de drogas.
Depois de ter sido baleado e atendido no Hospital Regional de Ponta Porã, Anderson Ribeiro perdeu os movimentos e a sensibilidade abaixo da cintura. Ele recebeu alta da cirurgia ontem, mas não foi aceito no Presídio Ricardo Brandão e nem nas delegacias das Polícias Civil e Federal.
Em todos os locais, a justificativa foi a mesma: não há condições de receber um preso com essas limitações. Entre o roteiro da ambulância teve até um retorno ao estacionamento do hospital, para a retirada dos papéis da alta do paciente.
Muito tempo - Anderson ficou sete horas e meia dentro de uma ambulância, sem sequer poder ir ao banheiro. Segundo a advogada Sudalene Alves Machado Rodrigues, Anderson ficou durante todo o período, entre uma delegacia e outra, em condições desumanas, em meio às próprias fezes e urina.