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Cidades

HU nega erros sobre paciente que perdeu movimentos

Redação | 14/07/2010 09:14

Passado um mês de denúncia feita pela família, o HU (Hospital Universitário) resolveu se defender das acusações de erro médico que teria deixado a estudante Rita Stefany de Oliveira, de 19 anos, sem movimentos ou fala.

Em nota, o hospital garante que todos os procedimentos necessários foram adotados em tempo hábil, mas que a paciente já chegou com quadro grave, transferida pelo Hospital Regional.

A jovem deu entrada no dia 26 de janeiro no HU. Segundo a equipe clínica, depois de 4 dias internada no HR por causa de uma infecção urinária, ela cehgou com febre alta e em processo de "Sepse" - processo de infecção generalizada.

"Febre e aumento dos leucócitos acima de 12.000, insuficiência renal aguda por instabilidade hemodinâmica prévia ocasionada pelo próprio quadro infeccioso (perda volêmica e diminuição da resistência vascular sistêmica) evidencia que a paciente já estava em Sepse", detalha a nota.

Advogados da família, disseram que o problema ocorreu na administração de medicamentos contra a infecção, com desrespeito aos horários para a jovem tomar os antibióticos.

Já o HU assegura que o medicamento foi administrado de forma correta "para posterior e oportuno procedimento de drenagem do rim esquerdo por meio da instalação endoscópica de cateter" e com êxito no dia 27 de janeiro.

Rita saiu do centro cirúrgico direto para a enfermaria, mas "em virtude da piora do padrão respiratório", o HU informa que foi solicitada vaga de CTI, imediatamente foi transferida "consciente com máscara de oxigenação. No CTI, depois de decorrido cerca de duas horas, em razão da não melhora do padrão

respiratório foi decidido pela intubação", para que ela respirasse por equipamentos.

"No CTI, mesmo com todo o suporte necessário, evoluiu para choque séptico", causado por infecção generalizada, que resulta em pressão sangüínea baixa.

"Acometendo múltiplos órgãos, tendo a paciente evoluído com insuficiência

respiratória, piora da insuficiência renal sendo também necessária

realização de sessões de hemodiálises", explica o hospital.

Quatro dias depois, ainda no CTI, Rita teve parada cardiorrespiratória, mas foi ressuscitada. O problema teria levado a danos neurológicos, determinando o quadro atual da paciente.

O hospital cita trabalho de Nelson Akamine, Diretor do Ilas - Instituto Latino Americano de Sepse ), que mostra que "o quadro de Sepse evoluindo para choque séptico pode atingir a média de mortalidade dos pacientes em 60% com pico de 80%. Os restantes dos pacientes podem evoluir para seqüelas (neurológicas, pulmonares, renais ou amputações ficando uma pequena parcela dos pacientes vivos sem seqüela após um quadro de choque séptico)".

O Hospital Universitário conclui a nota garantindo que depois da alta hospitalar de Rita, o HU se colocou à disposição da paciente para continuidade do tratamento em nível ambulatorial e assistência social domiciliar. O Hospital permanece à disposição para quaisquer esclarecimentos pertinentes que se fizerem necessários."

Atualmente Rita se alimenta apenas por sonda, não anda, não fala e movimenta apenas a cabeça. Ainda não é possível saber se as sequelas de Rita serão permanentes.

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