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Cidades

Imóvel da Rede Ferroviária deve ampliar aldeia urbana

Redação | 22/03/2010 14:49

A Superintendência do Patrimônio da União em Mato Grosso do Sul está negociando com a prefeitura de Sidrolândia a troca de uma área da RFSA (Rede Ferroviária Federal) para a construção de 50 casas para os índios Terena.

A negociação está sendo feita pelo superintendente no Estado, Mário Sérgio Sobral Costa, e o prefeito Daltro Fiúza (PMDB). Eles querem ampliar a área indígena urbana denominada Aldeia Buritizinho.

"A intenção da Secretaria do Patrimônio da União do Ministério do Planejamento, em cumprimento à missão institucional, é de dar continuidade à meta de regularização fundiária no estado de Mato Grosso do Sul, enfocando também a demanda de terras para assentamento das várias etnias indígenas no estado, no intuito de ampliar a área habitacional étnico-racial em Mato Grosso do Sul", afirma Mário Sergio.

Situada a 60 km de Campo Grande, Sidrolândia, com população em torno de 38 mil habitantes, possui agroindústrias, e indústrias de confecções do vestuário e doces. O município sempre foi palco de conflitos entre fazendeiros e indígenas. Mato Grosso do Sul é o segundo estado da federação com a maior população indígena, com um dos maiores índices de conflitos.

Além da situação precária em que vivem os indígenas do estado, mostrada no relatório internacional Survival, o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) aponta os dados de violência envolvendo esses povos como recordistas no País. Dos 59 assassinatos de índios no ano passado, 42 foram em Mato Grosso do Sul, que também é o recordista em casos de suicídio. A situação precária dos povos indígenas é atribuída à falta de terra.

Outro relatório sobre a questão indígena no estado está sendo elaborado pela Comissão de Direitos Humanos ligada à Presidência da República, que conversou com os índios e autoridades no início deste mês.

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