ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MARÇO, SEXTA  29    CAMPO GRANDE 22º

Cidades

Impasse continua em fazenda reivindicada por índios em Sidrolândia

Paula Vitorino | 15/05/2011 10:13
Ìndios invadiram semana passada área de fazenda já identificada como terra deles. (Foto: João Garrigó)
Ìndios invadiram semana passada área de fazenda já identificada como terra deles. (Foto: João Garrigó)

Os índios terenas continuam acampados na fazenda 3R e nas imediações, em Sidrolândia, sem previsão para que a área seja desocupada. A expectativa dos fazendeiros e da FUNAI (Fundação Nacional do Índio) é de que nesta segunda-feira seja marcada a data para a audiência com a diretoria de Assuntos Fundiários da Fundação, em Brasília.

“Vamos agilizar todo o processo necessário amanhã. A audiência em Brasília deve ser agendada em caráter de urgência”, disse o representante da FUNAI, Jorge Neves.

Ele adiantou que deverá ser feito um novo levantamento para analisar o valor de indenização para a desapropriação das áreas demarcadas. Os indígenas lutam por cerca de 17 mil hectares, distribuídos em três fazendas na região.

Na última sexta-feira (13), o procurador da República em Mato Grosso do Sul, Emerson Kalif Siqueira, esteve na Fazenda 3R para tentar negociar a desocupação de forma pacifica. Ele informou que deve fazer outra visita ao local nesta semana e só irá se pronunciar sobre as novas providências por meio de uma nota à imprensa, para não “comprometer a confiança” dos indígenas.

Os terenas estão na fazenda desde terça-feira à noite, quando invadiram a propriedade para reivindicar que o processo de demarcação seja acelerado. São cerca de mil indígenas no local.

Conflitos - O proprietário da fazenda Buriti – vizinha da área invadida, Edmundo Bacha, afirmou que “não vou sair daqui, vou ficar o tempo que for preciso”. Ele teme que sua fazenda também seja invadida, caso saia do local, mas acredita que a situação possa ser resolvida sem maiores conflitos.

D

e acordo com o proprietário, alguns terenas bloquearam parcialmente a ponte da estrada vicinal que dá acesso as propriedades da região, como também às aldeias.

“Um taxista veio buscar a mulher de um funcionário e contou que teve de voltar, esperar e só depois de quase 1h conseguiu passar. Ele chegou com as pernas bambas”, diz.

No entanto, o representante da FUNAI nega as interdições. “Fiquei ontem o dia todo lá, só vim embora hoje de madrugada e não teve nada de interdição”, afirma.

O fazendeiro conta que os indígenas estão armados de espingardas e outras armas. “Ficam sempre aterrorizando pela região”, diz.

Nos siga no Google Notícias