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Cidades

Índios desafiam DNIT e Famasul e ficam em rodovia

Redação | 14/10/2009 10:05

Os 130 índios guarani-kaiowá despejados no dia 11 de setembro da fazenda Santo Antonio de Nova Esperança, no município de Rio Brilhante, não vão deixar as margens da BR-163, onde estão acampados há 33 dias. Por telefone, o cacique José Barbosa de Almeida, o Zezinho, disse que a Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) e o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte) estão "querendo briga" ao tentar retirar as famílias do local.

"Nós saímos pacificamente da fazenda. Cumprimos a determinação da Justiça Federal. Agora se a Famasul de o DNIT quiserem nos tirar daqui, vai ter briga. Nós não vamos sair", afirmou o cacique. Ele disse ter sido informado que a Famasul e a Superintendência do DNIT entraram com ação para a Justiça Federal mandar a Funai desmontar o acampamento.

Entretanto, na Justiça Federal em Dourados não existe nenhuma ação nesse sentido. O superintendente do DNIT em Mato Grosso do Sul, Marcelo Miranda, informou ao jornal "Diário MS", de Dourados, que o órgão mandou apenas um ofício à Funai, solicitando a desocupação da faixa de domínio do DNIT. A chefe regional da Funai, Margarida Nicoletti, disse que o caso está sendo discutido entre a direção nacional da fundação e o Ministério dos Transportes.

Os guarani-kaiowá ocuparam a fazenda Santo Antonio por 19 meses e agora aguardam os estudos antropológicos que serão feitos pela Funai no município de Rio Brilhante. A área reivindicada pelos índios pertence aos herdeiros do ex-deputado estadual e ex-prefeito de Dourados, Jorge Cerveira, morto em 2001.

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