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Cidades

Índios vão relatar a Marina "perseguição" da Famasul

Redação | 14/10/2009 11:15

Os guarani-kaiowá de Mato Grosso do Sul vão entregar amanhã à senadora Marina Silva (PV-AC), em Japorã, um documento acusando a Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) de "perseguição" aos índios. O cacique José Barbosa de Almeida, o Zezinho, disse nesta quarta-feira, por telefone, que a Famasul fez campanha para despejar os índios da fazenda Santo Antonio de Nova Esperança, em Rio Brilhante, e agora quer retirá-los também das margens da BR-163, onde estão acampados.

"A Famasul não respeita os índios. Nós cumprimos a ordem da Justiça e saímos da fazenda e vamos ficar na beira da estrada. Vamos pedir o apoio da senadora Marina Silva para a nossa luta pela terra e pedir para ela denunciar no Senado os desmandos dos ruralistas de Mato Grosso do Sul", afirmou o líder guarani-kaiowá.

Ele rebate a afirmação do presidente da Famasul, Ademar da Silva Junior, de que o acampamento na beira da rodovia representa risco aos próprios índios. "Aquele não é o único acampamento indígena na beira de estrada em Mato Grosso do Sul, mas eles [ruralistas] só implicam com o nosso. Nós sabemos dos riscos que corremos, mas não temos para onde ir e vamos ficar lá", afirmou o líder indígena, que já está em Japorã para a Aty Guaçu (grande reunião) que acontece na aldeia Yvy Katu.

O cacique disse que a situação dos índios acampados em Rio Brilhante será um dos temas da Aty Guaçu. "Vamos pedir o apoio dos nossos irmãos para resistir, se for preciso, porque não vamos sair da beira da estrada antes dos estudos antropológicos", afirmou Zezinho.

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