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Cidades

Índios voltam para fazenda e dono pede novo despejo

Redação | 17/06/2008 12:54

O proprietário da fazenda Boa Sorte, em Miranda, onde o despejo de indígenas nesta manhã, provocou confronto entre policiais militares e parte dos índios, Nilton Dias Miranda, comunicou a Justiça nesta manhã que, logo após a saída da PM (Polícia Militar) do local, uma parte dos indígenas voltou a invadir a fazenda. Miranda disse que agora aguarda que a ordem de reintegração de posse dada na semana passada pela juíza Vânia de Paula Arantes, seja cumprida, com volta da PM ao local para retirar o grupo que voltou para a fazenda.

Pela manhã, o cumprimento da ordem de despejo na área resultou na prisão de cinco pessoas segundo a polícia. Os índios dizem que foram presas quatro pessoas.

A propriedade fica vizinha à aldeia Passarinho  e é reinvicada como terra indígena. A ocupação, conforme os índios, é em razão da demora da demarcação da área por parte do Governo Federal.

As famílias que vivem hoje nas aldeias Passarinho e Moreira ocupam 160 hectares em Miranda, mas receberam da Procuradoria da República a informação de que os registros mostram que na verdade eles têm direito a 208 hectares.

Como começou - Na semana passada, no dia 13, os índios invadiram a área. No mesmo dia, o dono conseguiu reintegração de posse e a PM foi para a fazenda junto com um oficial de Justiça para cumprir o mandado. Segundo a versão dos policiais, quando eles conversavam com as lideranças do local, começaram a ser atacados com flechas, pedras e facão.

Os policiais reagiram com balas de borracha e bombas de de efeito moral. Segundo a PM, quatro lideranças indígenas foram presas por desobediência e uma mulher por dano, pois quebrou um vidro da viatura com tijolo.

Os indígenas tem uma versão diferente. Dizem que foram pegos de surpresa, que a desocupação feita logo ao amanhecer é arbitrária e que houve ameaças por parte dos policiais e também do proprietário da fazenda.

Foi a segunda invasão na a propriedade, de 55 hectares A primeira foi em 18 de maio, e houve um acordo prevendo a saída dos índios.

O superintendente da Funai (Fundação Nacional do Índio), Claudionor Miranda do Carmo, estava a caminho do local, segundo informou o órgão.

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