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Cidades

Informações desencontradas provocam medo de despejo

Redação | 13/08/2009 19:00

Moradores da Vila Carlota, em Campo Grande, temem ter de deixar imediatamente a área onde será construída avenida dentro do projeto do Parque Linear do Córrego Cabaça.

Segundo as famílias, a Prefeitura já deu ordem para que as residências sejam desocupadas. Entretanto, o conjunto habitacional para onde elas serão removidas ainda não foi concluído.

Nesta tarde, eles se reuniram em uma escola estadual para discutir a situação. No local, o clima ficou tenso depois que técnicos da Prefeitura apresentaram uma lista com 125 nomes dos que irão receber novo imóvel. O problema, é que nem todos os presentes estavam incluídos.

O porteiro Everson Recaldes, de 30 anos, garante que mora há 22 anos na rua do Boliviano, trecho por onde passam as obras. Mas, diz que estava na fazenda quando a administração fez o cadastramento para quem receberia as casas.

Por conta disso, não está incluído na lista de quem será removido para o conjunto habitacional. "Agora eu perdi o lugar onde eu morava", reclama.

Sem casa - Além das reclamações de quem não estava na lista, até moradores que estão incluídos reclamam que servidores municipais estão praticamente "despejando" eles das casas.

Márcia Miguel, de 34 anos, conta que os pais idosos vivem no local há anos, e na última semana receberam ordem para sair da casa. Ela afirma que os moradores estão com medo de serem mandados embora da noite para o dia, porque muitos não têm para onde ir.

"Se prometeram as casas e não estão prontas, a gente não tem culpa", reclama Márcia Miguel, de 34 anos.

Boatos - Apesar da preocupação dos moradores, a Prefeitura garante que não irá remover as famílias do local antes das casas ficarem prontas.

Entretanto, a Emha não descarta a possibilidade de que elas tenham que ficar em uma 'moradia provisória'. Isso porque o Residencial Geraldo Correa da Silva, para onde eles serão levados, terá a primeira etapa de 20 casas pronta somente no início de outubro. As outras 30 casas não têm nem sequer previsão de término.

Caso semelhante de remoção provisória ocorreu com quem morava ao redor da cratera do bairro Taquaral Bosque.

As famílias tiradas do local foram levadas para casas que estavam vazias em um conjunto habitacional no Jardim Noroeste, e só agora estão indo para o Montevidéu, onde deverão ficar de forma permanente.

O secretário de governo, Rodrigo Aquino, também reforça que foram dadas as pessoas duas opções: ou ficar na casa de um parente, ou ir para um imóvel temporário, também em residencial da Emha.

Segundo ele, as máquinas não vão chegar antes da negociação finalizada e a transferência das famílias. "Nunca fizemos isso e nunca vamos fazer".

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