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Interior

“Di Menor”, pistoleiro do PCC, fez amigos e constituiu família em MS

Helio de Freitas, de Dourados | 22/11/2016 10:46
Armas e munição encontradas com bandidos do PCC, ontem, em Coronel Sapucaia (Foto: Divulgação)
Armas e munição encontradas com bandidos do PCC, ontem, em Coronel Sapucaia (Foto: Divulgação)
“Di Menor” faz cara de mau em foto publicada na rede social da mulher (Foto: Reprodução/Facebook)
“Di Menor” faz cara de mau em foto publicada na rede social da mulher (Foto: Reprodução/Facebook)
Buraco no forro por onde “Di Menor” fugiu e entrou na casa vizinha (Foto: Divulgação)
Buraco no forro por onde “Di Menor” fugiu e entrou na casa vizinha (Foto: Divulgação)

Jeferson Barbosa, 34, o “Di Menor”, apontado como um dos principais pistoleiros do PCC (Primeiro Comando da Capital) na fronteira do Brasil com o Paraguai, morto segunda-feira (21) em confronto com a polícia, estava há pelo menos 15 anos em Mato Grosso do Sul.

Após se envolver em vários crimes no estado de São Paulo, onde teria praticado o primeiro assassinato aos 12 anos de idade, “Di Menor” se refugiou na fronteira e morou no Paraguai, onde tinha papel importante na guerra que a facção criminosa vem travando com bandidos locais para assumir o controle do tráfico de drogas.

Em junho, o PCC foi acusado de se aliar ao traficante brasileiro Jarvis Gimenez Pavão – que está preso em Assunção – para eliminar o chefão do crime organizado em Pedro Juan Caballero, Jorge Rafaat Toumani.

Homens do PCC teriam colocado em prática o plano que envolveu o uso de uma metralhadora antiaérea para perfurar a blindagem do carro de Rafaat.

“Di Menor” morava em Coronel Sapucaia, a 400 km de Campo Grande, onde morreu ontem durante ação do DOF (Departamento de Operações de Fronteira), da Polícia Civil e Polícia Militar. Agentes da Polícia Nacional do Paraguai apoiaram a operação, para impedir a fuga dos bandidos para o outro lado da fronteira.

Outros três bandidos foram presos na casa onde Jeferson estava. Com ele os policiais encontraram três fuzis semiautomáticos e farta munição. As armas, de calibres 556 e 762, são semelhantes às usadas em vários assassinatos na fronteira nos últimos meses.

Jeferson chegou a fugir do primeiro cerco. Ele saiu por uma abertura no forro da casa, escalou o telhado e se escondeu na residência vizinha, onde foi cercado e morto durante troca de tiros. Ele estava armado com uma escopeta calibre 12.

Família e amigos – Em Coronel Sapucaia, “Di Menor” fez amigos e constituiu família. Era casado há 15 anos com uma sul-mato-grossense e tinha quatro filhas, duas adolescentes e duas pequenas.

“Amor, por que me deixou assim?”, escreveu na rede social Facebook a mulher de Jeferson Barbosa. “Meus pêsames, que Deus conforte o coração de todos os familiares”, escreveu um amigo da família.

“Força cunhada, Deus é maior” e “Se cuida, sua família precisa de você” foram outras mensagens enviadas para a mulher do criminoso. “É uma perda muito grande para nossa família”, escreveu uma moradora de Campo Mourão (PR).

“Pai, essa dor que não passa... Por que você tinha que partir assim, nos deixando com esse vazio tão grande? Você era uma pessoa tão maravilhosa, não consigo aceitar que nos deixou de uma forma tão repentina e triste”, escreveu a filha mais velha de “Di Menor”, também na rede social.

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