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Interior

Acusado de financiar vereador é solto após pagar R$ 100 mil em fiança

Priscilla Peres | 07/12/2014 15:04
Rinaldo é acusado de envolvimento na farra das diárias.(Foto: Divulgação/Rio Pardo News)
Rinaldo é acusado de envolvimento na farra das diárias.(Foto: Divulgação/Rio Pardo News)

Três dias após ser preso por suposto envolvimento na "farra das diárias", o empresário Rinaldo Nunes pagou fiança de R$ 100 mil e foi liberado. O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) investiga danos de R$ 3,5 milhões ao patrimônio público de Ribas do Rio Pardo - distante 103 km de Campo Grande.

De acordo com o site Rio Pardo News, o Juiz de Direito em Substituição, Marcelo Andrade Campo da Silva, ajuizou em R$ 100 mil o depósito da fiança a ser paga pelo investigado. Foram postas várias condições para a liberdade provisória, entre elas o comparecimento mensal em juízo para justificar suas atividades; participação em todos os atos processuais, além de estar proibido de frequentar a Câmara de Vereadores e a residência dos demais envolvidos.

Ainda de acordo com a determinação judicial, Rinaldo Nunes também terá de se recolher em casa no período noturno (das 19h às 6h), bem como nos dias de folga (domingos e feriados). O juiz também proibiu que o mesmo se ausente da Comarca por mais de sete dias sem comunicação ao juízo, e de se ausentar do país enquanto durar a ação penal.

Conforme informações apuradas pelo Campo Grande News, Rinaldo financiou em 2012 a campanha do ex-presidente da Casa de Leis, Adalberto Alexandre Domingues (PRTB), o Betinho, que foi afastado do cargo e preso. Rinaldo, que era o braço direito do ex-vereador, é dono de postos de combustíveis na cidade e de uma carvoaria. O empresário deve ser transferido ainda hoje para a sede do Gaeco, na Capital. Na semana passada, além de Betinho também foi preso em Campo Grande, o contador do poder legislativo na cidade. O nome dele não foi divulgado.

De acordo com a investigação do Ministério Público Estadual, os vereadores faziam saques de dinheiro em um supermercado do município, pagavam pensão alimentícia com dinheiro público, forjavam relatórios de viagens e ensinavam os colegas a seguir com os esquemas fraudulentos. O ministério fez uma relação de crimes cometidos por cada um dos acusados. O grupo também contratava empresas sem licitação ou por procedimentos licitatórios que não passavam de farsa, para beneficiar empresas de familiares e de amigos dos agentes públicos.

Fora do cargo – Além de Betinho, foram afastados do cargo a vereadora Lucineide Friosi (PSC), os vereadores Adalberto Alexandre Domingues, o Betinho, presidente da Câmara, Antonino Ângelo da Silva, vice-presidente, Célia Regina Ribeiro, Cláudio Roberto Siqueira Lins, Diony Erick Lima, Fabiano Duarte de Souza e Justino Machado Nogueira. Os servidores Gil Nei Paes da Silva, assessor e pregoeiro da Câmara; Cacildo Camargo, diretor da Casa; Marcos Gomes da Silva Junior, presidente da comissão de licitação; Natanael Godoy Neto, procurador jurídico e Walter Antônio, contador do legislativo municipal.

No último dia 25, foram empossados oitos suplentes em substituição aos vereadores afastados pela Justiça.

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