Adolescente confessou que sufocou bebê por não saber quem era o pai
O delegado-adjunto Antonio Souza Ribas Júnior, da Delegacia de Polícia Civil de Aquidauana - distante a 135 km de Campo Grande, disse que a adolescente acusada de matar o filho recém-nascido, confessou em depoimento que sufocou o bebê até a morte e o jogou no cesto de roupa suja de seu quarto.
Segundo o delegado, a jovem teria relatado que entrou em trabalho de parto durante a tarde do último sábado (30), e deu a luz por volta das 20h. Ela teria cometido o crime porque ficou com medo da família, já que havia se relacionado com vários rapazes e não sabia quem era o pai. A adolescente que tem 17 anos, fará 18 daqui a dois dias.
A jovem ficou internada de domingo pra segunda, recebeu alta ontem a tarde e foi ouvida pela delegada de plantão a noite. De acordo com Ribas, ela vai responder por homicídio qualificado por motivo fútil e ocultação de cadáver. Após ser ouvida a adolescente foi liberada. "A delegada que atendeu a adolescente, entendeu que não houve necessidade de apreendê-la em flagrante".
A criança foi levada pela irmã e pela mãe da menor, para o hospital e depois foi encaminhada para o IML (Instituto Médico Legal), onde foi realizada autópsia. O recém-nascido foi sepultado na tarde desta terça-feira (2) no município.
O caso veio à tona, após a jovem procurar atendimento no Hospital Regional Dr. Estácio Muniz, em Aquidauana. A diretora administrativa, Ana Lúcia Guimarães Alves Correa e o diretor clínico do hospital, Nei Pires Borges, disseram que a menor chegou ao hospital acompanhada da mãe, no domingo (31), por volta da 13h30, com sangramento intenso.
Ao ser atendida pelo médico plantonista, ela foi encaminhada para o médico obstetra que também estava de plantão. "O médico constatou, através de exames, que ela estava com dilatação e útero baixo, seios com leite e apresentava um ferimento no períneo, mas ela a todo momento negava o suposto parto e entrava em contradição", afirma os responsáveis pelo hospital. O médico, Marcos Rondon, fez a curetagem e acionou a Polícia Militar para tomar as devidas providências.
Como a menor estava acima do peso, a família não desconfiou da gestação.
Colaborou com a matéria, Giselli Figueiredo.