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Interior

Aeroporto de Ponta Porã está entre os quatro de menor movimento no país

Vanda Escalante | 04/07/2011 12:15

Secretário de Obras do município diz que é preciso elaborar política para a microrregião.

Aeroporto Internacional de Ponta Porã não tem operação comercial.
Aeroporto Internacional de Ponta Porã não tem operação comercial.

Os aeroportos internacionais de Ponta Porã (MS), Parnaíba (PI), Bagé e Uruguaiana (RS) são exemplo da dificuldade de expansão da aviação regional em pontos mais distantes de grandes centros. Das quatro cidades, apenas Uruguaiana tem uma empresa comercial em operação. Nos outros três casos, só aviões particulares ou táxis aéreos usaram as pistas.

O Anuário da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) traz informações revisadas e consolidadas de 31 companhias aéreas brasileiras e ainda de 57 empresas estrangeiras que realizaram voos de passageiros e carga com origem ou destino ao Brasil no ano de 2010. No ano passado, cresceu 22% o número de passageiros embarcados em voos regulares e não regulares com origem no Brasil, para qualquer destino, nas empresas brasileiras, comparado a 2009. Foram 74 milhões de embarques – 71 milhões em voos domésticos e 2 milhões em voos internacionais.

No entanto, na lista dos 66 aeroportos da Infraero, os quatro terminais são os que têm menos movimento, registrando, juntos, uma média de 27 pessoas por dia neste ano, embora com status de "internacional" e investimentos totais de R$ 33,2 milhões nos últimos anos.

Segundo a Infraero, os quatro aeroportos são internacionais porque estão em regiões estratégicas, e todos eles têm estrutura tanto para voo doméstico como internacional. Em Ponta Porã, onde a Infraero investiu R$ 4,1 milhões nos últimos anos, o aeroporto praticamente só é usado para voos particulares.

De acordo com o secretário de Obras do município, Hélio Peluffo Filho, a operação regular do aeroporto seria benéfica para Ponta Porã. Peluffo afirma que, para modificar a situação, precisaria haver uma política para a microrregião.

“Temos muita demanda por viagens para o sul do país, por exemplo, mas as companhias alegam que a operação comercial não é viável. Poderíamos ter também voos regulares para Assunção, mas o custo do aeroporto acaba sendo elevado justamente pelo fato de ele ser internacional”, comenta Peluffo.

O secretário avalia também que a operação comercial do aeroporto poderia incrementar o turismo de compras na região, mas ele pondera que, se mantidas as cotas alfandegárias atuais, o custo continuará sendo fator de impedimento. “Com as compras limitadas a US$ 300 por pessoa, não compensa o transporte aéreo, a não ser que se implante um sistema do tipo free shop”, sugere.

Peluffo disse também que a prefeitura de Ponta Porã continua fazendo gestões para que empresas aéreas estabeleçam voos regulares para o município, mas que a tendência é que as pessoas mantenham a preferência pelo transporte rodoviário até Campo Grande, com as viagens aéreas partindo da capital. “Pelo preço, não é vantagem pagar um trecho mais”, explica.

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