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Interior

Afastado por improbidade, Justiça nega pedido de prefeito para retornar ao cargo

Caroline Maldonado | 19/08/2015 13:04
Renato de Souza Rosa (PSB) foi afastado e justiça negou pedido para retornar ao cargo (Foto: Bela Vista MS)
Renato de Souza Rosa (PSB) foi afastado e justiça negou pedido para retornar ao cargo (Foto: Bela Vista MS)

A Justiça negou pedido do prefeito afastado de Bela Vista, Renato de Souza Rosa (PSB), para retomar o cargo. Ele deixou a prefeitura na segunda-feira (17), após denúncias de improbidade administrativa. Em seu lugar, assumiu o vice-prefeito do município, Douglas Rosa Gomes (PP). 

Renato Rosa é suspeito de superfaturar a festa de Carnaval da cidade e de usar locação de máquinas públicas para trabalho em propriedades de parentes e amigos. Além disso, a prefeitura não paga os salários dos profissionais de enfermagem do Hospital Beneficente São Vicente de Paula, há três meses.

Os enfermeiros entraram em greve há uma semana e suspenderam a paralisação por 48h ao saber do afastamento do prefeito, na segunda-feira (17). Isso, porque o vice prefeito pediu um prazo para poder avaliar as contas de Bela Vista, ao assumir a administração.

Renato foi foi afastado do cargo por 180 dias, enquanto a Câmara Municipal investiga denúncias do MPE (Ministério Público Estadual). O órgão pede a condenação do prefeito por improbidade administrativa. Renato entrou com pedido de mandado de segurança contra a Câmara Municipal. No entanto, ontem (18), o juiz Vinícius Pedrosa Santos negou o pedido, alegando que “não foram colacionados aos autos, a contento, os documentos aptos a demonstrar a certeza das afirmações”. Conforme o magistrado, a petição inicial é inepta pela ausência de prova pré-constituída.

O Campo Grande News tentou contato com o prefeito afastado para saber detalhes de sua defesa, mas a ligações não foram atendidas nesta manhã e a reportagem aguarda retorno.

Prefeitura - Após a última eleição, Abraão Armoa Zacarias (PMDB) assumiu a administração de Bela Vista. Em abril de 2013, ele foi cassado junto com seu vice, Luis Alexandre Loureiro, pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MS). Eles foram acusados de utilização indevida dos meios de comunicação para beneficiar a então candidatura. 

O presidente da Câmara de Bela Vista, Jair Bispo Evangelista (PDT), assumiu interinamente o cargo e houve eleição complementar. Com isso, Renato foi eleito com 41,83% dos votos. O juiz Maurício Cleber Miglioranzi Santos, da 17ª Zona Eleitoral, decidiu não diplomar o prefeito eleito em função de inelegibilidade, mas a defesa de Renato recorreu, ele assumiu a administração e esteve a frente da prefeitura até o último dia 17.

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