ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  18    CAMPO GRANDE 24º

Interior

Após assassinato, polícia vai transferir quatro investigadores da fronteira

Mariana Castelar e Leonardo Rocha | 29/06/2016 15:14
Policial foi morto a tiros dentro de uma academia. (Foto: Direto das Ruas)
Policial foi morto a tiros dentro de uma academia. (Foto: Direto das Ruas)

Após a execução do policial civil Aquiles Chiquin Júnior, no dia 14 deste mês em Paranhos - distante - 469 km de Campo Grande, quatro investigadores da Polícia Civil do município serão transferidos. Desde a morte, equipes do DOF (Departamento de Operações de Fronteira) e da PM (Polícia Militar) estão reforçando a segurança na região. 

De acordo com o Delegado Geral da Polícia Civil, Marcelo Vargas Lopes, dois investigadores que serão transferidos estão envolvidos com uma postagem publicada no Facebook dizendo "que a violência ao crime em Paranhos ou se corrompia ou se enfrentava e eles iriam enfrentar". “Essa postagem é uma das linhas de investigação, que é a do crime organizado, e por motivo de segurança irão para outro local”, declara Vargas. Já os outros dois fizeram o pedido alegando que estavam sendo ameaçados de morte.

O governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB) confirma a saída dos policiais da fronteira e enfatiza que é necessário a renovação da equipe. “Quando acontecem crimes como este, se gera uma instabilidade nos policiais de fronteira. A Sejusp e Polícia Civil ja estão fazendo remanejamento de policiais mais antigos que estão na fronteira para policiais novos para oxigenear o trabalho”, declara.

Em contrapartida, o governador declara que a investigação da morte do policial está avançando e que os bandidos já foram reconhecidos e estão no Paraguai. “Estamos em contato com o governo paraguaio para ajudar a capturar os bandidos”.

Reforçando que não há um esvaziamento do contingente, o Delegado Geral afirma que ocorrerá apenas uma permuta. “Se um policial de Paranhos vai para Corumbá. Um de lá vem para cá e assim, sucessivamente”. Segundo ele, o reforço não ocorre apenas para investigar a morte do policiais. “Houve também o fortalecimento da fronteira em razão dessa onda de violência que está ocorrendo na fronteira”, reforça Vargas.

O delegado ainda afirma que é impossível fechar a fronteira, já que são 700 km de linha seca. “Nem se nós construíssemos a muralha da China entre o Paraguai e Brasil, a gente não conseguiria conter os problemas ocasionados pela divisa”, declara.

Para aumentar a segurança, Azambuja aguarda uma resposta do Ministério da Justiça, que ficou de lançar um programa especifico para a fronteira. “Também esperamos um efetivo maior da Polícia Federal”, enfatiza.

Nos siga no Google Notícias