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Interior

Após denúncia feita à escola, padrasto que estuprou meninas é preso em Bonito

Bruno Chaves | 16/10/2013 15:57

Um homem, que não teve a identidade revelada pela polícia, foi preso em Bonito, a 257 quilômetros de Campo Grande, acusado de estuprar duas enteadas. Uma das meninas denunciou o padrasto na escola, que acionou o Conselho Tutelar e encaminhou a vítima para a delegacia.

Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil, as duas menores foram molestadas pelo padrasto por diversas vezes. Os estupros ocorriam dentro da casa da família e, em uma oportunidade, até dentro construção próxima à Prefeitura de Bonito. Os abusos consistiam em relações sexuais e atos libidinosos.

O acusado é casado com a mãe das vítimas há 13 anos. Em janeiro de 2013, o homem foi à Praça da Liberdade, em companhia da enteada e de outras meninas, amigas da vítima, e todos ficaram ingerindo bebidas alcoólicas. Em determinado momento, a enteada afirmou que ia ao banheiro e o investigado aproveitou para indicar uma casa que seria de um familiar.

O padrasto disse que queria “transar” com a menina. Entretanto, ela recusou as investidas do homem, que ainda passou as mãos nas pernas da menor e insistia no desejo de se relacionar sexualmente com ela. Diante da negativa da menor, o autor deixou o local nervoso e retornaram à praça.

A polícia ainda informou que a vítima passou mal devido ao excesso de bebida alcoólica. Nesse momento, o investigado a levou embora e durante o trajeto, na Rua das Flores, nas proximidades da construção de um mercado, a vítima foi abusada pelo padrasto mesmo após ter desmaiado.

No dia seguinte, o homem confessou à menor que as dores abdominais que ela sentia eram decorrentes da relação sexual mantida enquanto ela estava desmaiada.

Mesmo depois da primeira relação, o padrasto continuou a procurar a vítima. Ele oferecia objetos em troca de outra relação sexual, o que era negado pela menor. Mesmo fugindo do padrasto, a menina não conseguiu escapar. Ela foi trancada em um quarto da residência e obrigada a se relacionar com o homem.

Após estes fatos a vítima nunca mais ficou sozinha com o autor e passou a namorar um rapaz, informa a assessoria da Polícia Civil. A jovem engravidou, fato que fez o acusado acreditar que era pai da criança. Ele chegou a mandar a vítima fazer um aborto, porém, a enteada negou a praticar tal conduta.

A irmã da primeira vítima também foi abusada pelo padrasto. A segunda menina foi chamada para o quarto da casa, local onde manteve relação sexual com o homem. A vítima afirma que não desejava a relação, porém, não sabia que podia negar, uma vez que o autor também era seu padrasto.

Ela afirmou que frequentou psicólogos em razão do trauma que teve por causa dos fatos e que deixou de morar com a mãe porque sempre que estava sozinha o padrasto a procurava para uma nova ralação sexual.

Descoberta – Os estupros só foram descobertos porque a primeira vítima denunciou o caso para a diretora da escola em que estuda. A escola noticiou os fatos ao Conselho Tutelar e encaminhou a menina à Delegacia de Polícia para o registro da ocorrência. A segunda vítima também foi submetida a exame de corpo de delito, que foi juntado no inquérito e atesta que a jovem não é mais virgem.

Conselheiras tutelares, testemunhas, vítimas e mãe das menores foram ouvidas na delegacia. Todas narram os fatos. A prisão preventiva do padrasto foi decretada e aceita pelo Poder Judiciário. O homem foi preso e está em uma delegacia da cidade.

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