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Interior

Após ordem judicial, vereador cobra presidente e ambos discutem

Caroline Maldonado | 05/04/2016 10:04
Reginaldo dos Reis Nunes da Rocha (PT) teve a cassação anulada pela Justiça Eleitoral (Foto: Sul News)
Reginaldo dos Reis Nunes da Rocha (PT) teve a cassação anulada pela Justiça Eleitoral (Foto: Sul News)

Eleito em 2012 e cassado por extorsão, o vereador Reginaldo dos Reis Nunes da Rocha (PT) teve a cassação anulada pela Justiça Eleitoral nesta semana. Depois que o presidente da Câmara do município de Bonito, Amir Peres Trindade (PDT), recebeu ordem judicial para reconduzir o vereador ao cargo, os dois se encontraram e o caso foi parar na polícia.

Ontem (4) à noite, o vereador foi à casa do presidente exigindo a recondução imediata ao cargo, conforme relatou Almir em boletim de ocorrência. Ele disse que, no início da noite, recebeu do oficial de Justiça o mandado de intimação, que manda reconduzir Reginaldo, mas só cumpriria a ordem hoje durante expediente.

Por volta das 20h, Reginaldo e seu filho, Lucas Arguelho Rocha, chegaram na casa do presidente da Câmara e entraram na varanda ao ver o portão aberto, mesmo sem permissão. Almir acusa ambos de invadirem sua residência e pressioná-lo pelo cumprimento da decisão.

Reginaldo também esteve na delegacia e contou sua versão, dizendo que o presidente deveria cumprir a ordem judicial naquele momento. Ambos se desentenderam e Almir se alterou, disse que o vereador era ladrão e mandou que saísse de sua casa, alegando que não faria a recondução do cargo de imediato, conforme a versão de Reginaldo.

Cassação - Conhecido como Naldinho dos Correios, Reginaldo foi cassado sob acusação de extorquir colegas da Câmara Municipal, usando de cargo público para isso. Em setembro de 2012, ele foi preso em flagrante pelo crime de concussão, que é a prática de extorsão praticada por funcionário público em uso do cargo. Ele era presidente da Câmara e exigia parte de verbas indenizatórias concedidas aos outros vereadores para liberar o valor, conforme o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado).

Naldinho foi flagrado e filmado com R$ 2,5 mil que tinha acabado de receber de uma das vítimas. Após denúncia feita pelo MPE (Ministério Público Estadual), ele foi cassado em primeira e segunda instância pelo TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral). Porém, após entrar com recurso no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), as decisões foram anuladas.

O caso retornou para a primeira instância do TRE-MS, que decidiu novamente, por 4 votos a 1, pela cassação de Reginaldo. O cargo ficou com o suplente Erregiano da Rosa (PSD). A defesa de Naldinho entrou com pedido para que ele fosse reconduzido e a cassação foi anulada na semana passada, pela Justiça Eleitoral.

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