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Interior

Arma de segurança de Rafaat foi usada para tentar matar piloto de concorrente

Segundo jornal Última Hora, de Assunção, identificação de balística comprovou que mesma arma encontrada com segurança no dia da morte de Jorge Rafaat tinha sido usada em atentado, em maio

Helio de Freitas, de Dourados | 21/06/2016 10:35
Carro que era conduzido por piloto ficou crivado de balas, em maio deste ano (Foto: Marciano Candia/Última Hora)
Carro que era conduzido por piloto ficou crivado de balas, em maio deste ano (Foto: Marciano Candia/Última Hora)

Um fuzil AK-47, de fabricação russa, encontrado com um dos seguranças do narcotraficante Jorge Rafaat Toumani, 56, na noite em que o empresário foi executado em Pedro Juan Caballero, pode ser a primeira pista da guerra que estava sendo travada pelo chefão do crime com o ex-sócio, Jarvis Chimenes Pavão, preso há sete anos em Assunção, capital paraguaia.

O jornal diário Última Hora, que circula em todo o território paraguaio, informa na edição desta terça-feira (21) que a arma, apreendida pela polícia na noite de quarta-feira passada em poder de um dos seguranças que acompanhavam Jorge Rafaat, teria sido usada para tentar matar Jorge Enrique Fernandez, 24, piloto de avião que supostamente fazia o transporte de drogas para Jarvis Pavão.

Conforme o jornal paraguaio, a ligação foi comprovada através do sistema integrado de balística e identificação (sigla Ibisen, em Inglês), que revela uma espécie de impressão digital deixada pelas balas disparadas.

Jorge Enrique Fernandez foi atacado a tiros na noite de 17 de maio deste ano no centro de Pedro Juan Caballero quando conduzia uma picape Strada branca. Ele seguia pela Rua Doutor Francia e ao chegar à Avenida Mariscal Estigarribia foi baleado, mas conseguiu fugir. No carro estavam dois fuzis calibre 5,56 e 7,62 e uma pistola calibre 380.

Prova pericial - Citando os estudos realizados pelos peritos da polícia paraguaia por meio do sistema Ibis, o jornal afirma que o fuzil de um dos guarda-costas de Jorge Rafaat foi usado no ataque ao piloto de Pavão, que está recolhido no presídio de Tacumbu, o maior do Paraguai, com pelo menos 3.500 detentos.

O rifle foi encontrado na posse de um dos homens depois de ser preso após o ataque que matou Jorge Rafaat durante o intenso tiroteio entre os seguranças e outros traficantes de drogas. Pelo menos cem pistoleiros atacaram o empresário e uma metralhadora antiaérea calibre 50 foi usada para perfurar a blindagem do utilitário Hammer de Rafaat.

Ainda de acordo com o Última Hora, o sistema Ibis é utilizado em países mais desenvolvidos e trabalha com um registro de armas. “Se uma pessoa dispara um tiro, quando se retira o projétil, é possível saber a quem pertence e, portanto, identificar o proprietário”, afirma o jornal.

Conforme o jornal, o ex-ministro da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas), Luis Rojas, disse que havia uma rixa entre Jorge Rafaat e Jarvis Pavão.

Carta da família – A ligação do fuzil AK-47 do segurança de Jorge Raffat ao atentado ao piloto de Jarvis Pavão ocorre um dia após a família do empresário morto afirmar, em carta à imprensa, que não acredita nos “rumores” do envolvimento do narcotraficante preso na execução.

Além de Rafaat e Jarvis serem “amigos”, segundo o comunicado, os filhos deles também mantinham amizades e eram sócios em uma produtora de eventos.

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