Bandidos matam caminhoneiro para roubar e vender veículo no Paraguai
Policiais civis e militares de Três Lagoas - distante 338 km de Campo Grande, encontraram na manhã desta quarta-feira (21) o corpo do motorista Luiz Pereira da Costa. Ele havia sido contratado para fazer um frete até a cidade de Água Clara, quando foi sequestrado e morto pelos bandidos que roubaram seu caminhão e levariam para o Paraguai onde seria vendido por R$ 20 mil.
Foram presos acusados pelo crime, dois adolescentes de 16 e 17 anos e o auxiliar geral, Edson Farias Pires, 21 anos, que confessou participação no crime. O delegado do SIG (Setor de Investigações) da Polícia Civil, Thiago José Passos da Silva, disse durante coletiva de imprensa na tarde de hoje, que apura o envolvimento de uma quarta pessoa.
Segundo informações do site Perfil News, Edson contratou os serviços da vítima para fazer um suposto frete até a cidade de Água Clara ontem, mas tudo não passava de um golpe para poder roubar o caminhão. As investigações tiveram início quando Policiais Militares encontraram o caminhão abandonado em Brasilândia.
Ao serem capturados, os criminosos disseram que o motorista estava em cárcere privado e indicaram o local. Mas depois de buscas pela madrugada, encontraram o homem morto com um tiro na cabeça.
Ao confessar o crime, Edson alegou que o disparo foi acidental. Segundo ele, a vítima estava com as mãos amarradas e deitada com as costas para cima. O criminoso disse que tremeu e a arma acabou disparando. Ele afirma que fugiu a pé depois do tiro.
O SIG conseguiu localizar e apreender a arma utilizada, uma revolver calibre 38 com quatro munições. O projétil foi retirado da cabeça da vítima e será submetido a exame de balística. Ao menos outras três pessoas que auxiliaram na fuga dos acusados serão indiciadas por favorecimento pessoal. Esse foi o primeiro caso de latrocínio em Três Lagoas registrado neste ano.
Edson será encaminhado para a Penitenciária de Segurança Média, enquanto os menores irão para a Cadeia Pública até serem transferidos para a Unei (Unidade Educacional de Internação). O autor responderá por latrocínio, corrupção de menores, sequestro e cárcere privado. Se condenado, a pena poderá chegar a 30 anos.
