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Interior

Bolívia expulsa brasileiro que fazia parte de associação criminosa

Mariana Rodrigues | 04/12/2015 11:38
O brasileiro, que não teve seu nome divulgado, fazia parte associação criminosa que movimentava entre 30 e 40 toneladas por mês de mercadorias contrabandeadas.(Foto: Divulgação Polícia Federal)
O brasileiro, que não teve seu nome divulgado, fazia parte associação criminosa que movimentava entre 30 e 40 toneladas por mês de mercadorias contrabandeadas.(Foto: Divulgação Polícia Federal)

No final da tarde de ontem (3), ocorreu a expulsão de um brasileiro pela polícia boliviana em cumprimento à mandado de prisão preventiva na Operação Trapos, deflagrada nessa quinta-feira pela Polícia Federal. A ação trata-se de um acordo de cooperação entre os dois países.

O brasileiro, que mora em Corumbá, a 419 quilômetros de Campo Grande, foi entregue à polícia brasileira e já está preso. Ele não teve o nome divulgado, e fazia parte da associação criminosa que movimentava entre 30 e 40 toneladas por mês de mercadorias contrabandeadas.

A polícia classificou o resultado como satisfatório, já que conseguiu prender os principais líderes da quadrilha. Para chegar até os envolvidos, foram necessários um ano de investigação e muitas horas de escultas telefônicas, o que resultou na prisão de sete pessoas, entre elas um servidor da Receita Federal que facilitava a passagem dessas mercadorias.

Ainda conforme informações da PF, o servidor da Receita Federal, analista tributário que trabalhava há muitos anos no Posto Esdras, estaria recebendo dinheiro para facilitar a liberação de mercadorias. Inclusive, na cidade de Corumbá haviam hotéis e até galpões que serviam para guardar essas mercadorias.

As mercadorias, em sua maioria, eram vendidas em feiras livres nas cidade de Birigui e Araçatuba, cidades localizadas no interior do estado de São Paulo. A Polícia Federal informou que o grande financiador do esquema é quem vendia as roupas, já que os lucros eram altíssimos devido ao baixo valor pela qual eram vendidas.

Os mandados foram cumpridos nas cidades de Campo Grande, Dourados, Corumbá, além de cidades do interior de São Paulo, como: Birigui, Araçatuba, Sorocaba e Penápolis.

Operação - A Operação Policial teve início no final do ano de 2014, recebendo a nomenclatura em alusão às mercadorias importadas clandestinamente pelos investigados, notadamente peças de vestuário.

Foram cumpridos sete mandados de prisão preventiva e há ainda cinco mandados a serem cumpridos. Só em Corumbá foram seis prisões. Em São Paulo, foram cumpridos apenas dois mandados de prisão, um em Birigui e outro em Penápolis. Quatro pessoas não foram encontradas no Brasil. Além das prisões preventivas, foram expedidos 15 mandados de condução coercitivas, dos quais 12 foram cumpridos, e três deles se encontram em local desconhecido.

Os 21 mandados de busca e apreensão foram todos cumpridos. Nessa quinta-feira, nos dois Estados, houve apreensão de armas, munições, mercadorias e documentos. Ainda de acordo com as investigações, foi constatado que um dos investigados que traziam mercadoria para o Brasil, sediado em Corumbá, introduziu de forma clandestina, 700 pássaros de origem peruana.

Só das apreensões desta investigação, os criminosos sonegaram pelo menos R$ 800 mil, causando prejuízo aos cofres públicos.

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