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Interior

Situação dos brasiguaios deve ser discutida na visita de Dilma ao Paraguai

Danúbia Burema | 20/01/2011 15:43

Expulsos do país vizinho permanecem acampados em Itaquiraí

Famílias que viveram por três décadas no Paraguai dizem ter sido expulsas por milícias. (Marcelo Victor)
Famílias que viveram por três décadas no Paraguai dizem ter sido expulsas por milícias. (Marcelo Victor)
Brasiguaios se juntaram então a acampamento dos Sem-Terra na BR-163. (Foto: Marcelo Victor)
Brasiguaios se juntaram então a acampamento dos Sem-Terra na BR-163. (Foto: Marcelo Victor)

A situação agricultores que vivem na área de fronteira do Brasil com o Paraguai, conhecidos como brasiguaios, deverá ser um dos temas discutidos durante a visita da presidente Dilma Roussef ao país vizinho no dia 26 de março.

O assunto é considerado um dos mais delicados na relação entre os dois países. Os brasiguaios reclamam de preconceito e discriminação no Paraguai. No ano passado, várias famílias vieram para Mato Grosso do Sul após terem sido expulsas daquele país por milícias contrárias à presença de estrangeiros.

A princípio, eles se juntaram a um acampamento Sem-Terra na BR-163, em Itaquiraí, mas decisão judicial determinou a desocupação da área. Com isso, os brasiguaios montaram acampamento na MS-487, na mesma cidade, e permanecem no local.

Desde o ano passado, quando os conflitos com os brasiguaios se intensificaram, foram reforçadas também as negociações em busca de uma solução. As famílias que sofrem discriminação são brasileiras e descendentes que moravam no país vizinhos há cerca de três décadas antes de serem expulsas.

Itaipu - Durante a visita ao Paraguai, a presidente cumprirá uma “agenda ambiciosa”, conforme definido pelo ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, durante reunião com Lugo na última segunda-feira (17).

Durante a visita, Dilma irá defender a ampliação das parcerias nas áreas social incluindo saúde, educação e erradicação da pobreza.

Fernando Lugo, por sua vez, espera que o Congresso Nacional tenha aprovado o tratado de revisão do acordo de tarifas da Hidrelétrica de Itaipu até a data Ada visita. Contudo, o tema está pronto para ser apreciado pelos parlamentares desde o ano passado e ainda não tem data para ser votado.

Lugo espera um acordo no qual a taxa anual de cessão paga ao Paraguai pela energia não usada da Itaipu Binacional passe de US$ 120 milhões para US$ 360 milhões.

O valor atual pago pelo Brasil corresponde a US$ 43,8 pelo megawatt-hora de Itaipu somados a US$ 3,17 pela cessão da energia que o Paraguai não utiliza.

Fechado o acordo e aprovado pelos parlamentos dos dois países, o Brasil passará a pagar US$ 9,51 pela taxa de cessão. (Com informações da Agência Brasil)

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