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Interior

Cacique de Dourados denuncia violência em aldeias da região

Paula Maciulevicius | 07/04/2011 16:55

Lideranças indígenas pedem policiamento ostensivo nas aldeias Bororó e Jaguapiru

Lideranças da região questionam se a Polícia estaria proibida de entrar das aldeias e pedem policiamento ostensivo. (Foto: Hedio Fazan)
Lideranças da região questionam se a Polícia estaria proibida de entrar das aldeias e pedem policiamento ostensivo. (Foto: Hedio Fazan)

O cacique da tribo Guarani Renato de Souza, de Dourados e outras lideranças de Caarapó e Maracaju estiveram na terça-feira (5), na Assembléia Legislativa, em Campo Grande, para reivindicar segurança na Reserva Indígena de Dourados e outros municípios.

Conforme o site Dourados Agora, Renato e outros indígenas foram recebidos em audiência na Assembléia onde também estavam delegados e promotores. De acordo com ele, os índios querem policiamento ostensivo nas aldeias Bororó e Jaguapiru, em Dourados, onde se registra elevado índice de criminalidade.

As famílias estão apavoradas com a situação e dizem que perderam a liberdade de transitar pelas estradas vicinais, porque na região ocorrem assaltos à mão armada, espancamentos, estupros e outros crimes.

Segundo Renato, recentemente na Aldeia Bororó, duas crianças foram violentadas. Uma das vítimas, uma menina estuprada pelo próprio pai que é mestiço. Ele está preso em Dourados. A outra criança de apenas 6 anos, sofreu violência ontem por volta das 10 horas. A polícia está no encalço do acusado.

As lideranças da região questionam se a Polícia estaria proibida de entrar das aldeias. Caso não estejam, eles pretendem exigir a implementação de um posto policial fixo na entrada na Reserva.

De acordo com Renato, a violência na aldeia já chegou às escolas. Os alunos da Escola Francisco Meirelles reclamaram que pessoas invadiram o local e passaram a agredir os estudantes.

“Eles falaram que foi uma milícia que chegou para apartar uma briga de crianças. Teve um que veio armado com revólver, e surraram crianças. A escola não fica na aldeia, é na Missão Caiuiás, a chefia deveria ter impedido isto. E se acontecesse alguma coisa mais grave?”, questiona.

O cacique acredita que por tudo isto a presença da Polícia é necessária na Reserva de Dourados, como nas outras aldeias do estado. As lideranças pretendem ainda apelar ao Ministério Público, para denunciar a situação.

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