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Interior

Câmara aprova reajuste, mas professores mantêm ameaça de greve

Projeto concedendo 13,01% de reajuste foi aprovado ontem na Câmara de Dourados, mas professores reclamam da falta de diálogo

Helio de Freitas, de Dourados | 14/04/2015 12:11
Câmara de Vereadores lotada na sessão de ontem à noite; professores fazem paralisação de três horas, amanhã (Foto: Thiago Morais/Divulgação)
Câmara de Vereadores lotada na sessão de ontem à noite; professores fazem paralisação de três horas, amanhã (Foto: Thiago Morais/Divulgação)

Foi aprovado ontem à noite na Câmara de Vereadores o projeto de lei encaminhado na semana passada pela prefeitura, concedendo 13,01% de reajuste aos professores da Rede Municipal de Ensino de Dourados, a 233 km de Campo Grande. O índice é o mesmo adotado em todo o país para o piso nacional do magistério, que passa a ser de R$ 1.917,78.

Apesar de o reajuste ser o mesmo adotado em todo o país e calculado com base na arrecadação do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação), professores e servidores administrativos de Dourados mantêm o protesto contra a prefeitura e ameaçam iniciar uma greve por tempo indeterminado.

Amanhã, os servidores da educação da segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul participam de uma mobilização que ocorre em todo o país em protesto ao projeto da terceirização no serviço público e vão suspender as aulas por três horas. os alunos do período matutino serão dispensados às 9h e à tarde tem aula normal.

Eles reclamam da falta de diálogo por parte do Executivo e cobram compromissos feitos no ano passado, como início das ações para pagamento, a partir de 2016, do piso nacional para 20 horas semanais aos professores. Atualmente o município adota o piso, mas para 40 horas semanais.

O magistério reclama também que os administrativos foram deixados de fora do reajuste, contrariando o acordo que encerrou a greve iniciada em julho do ano passado, de que seriam iniciados estudos para a inclusão deles no PCCR (Plano de Cargos, Carreira e Remuneração) da educação.

Conforme os representantes do magistério, a prefeitura vetou o artigo que garantia a redução de 40 para 30 horas dos servidores administrativos da educação, desrespeitando a negociação de 2014. Os representantes do sindicato da categoria afirmam que desde fevereiro a categoria tenta uma negociação com a prefeitura. Os nomes das pessoas que compõem a comissão que irá coordenar a PCCR também foram encaminhados ao Executivo, mas os pedidos teriam sido ignorados.

Agentes de saúde – Os vereadores também aprovaram o projeto concedendo aos agentes de serviços de saúde efetivos o piso salarial nacional de R$ 1.014 para jornada semanal de 40 horas, fixado na Lei Federal nº. 12.994, de 17 de junho de 2014.

O piso passa a ser pago aos agentes comunitários de saúde, agentes de controle de vetores de campo, agentes de controle de vetores de bloqueio e agentes de zoonoses.

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