ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MARÇO, SEXTA  29    CAMPO GRANDE 22º

Interior

Com baixa arrecadação, Murilo corta custeio para economizar R$ 4 milhões

Prefeito anunciou que objetivo é fazer caixa para manter 140 obras em execução em Dourados e garantir serviços de saúde

Helio de Freitas, de Dourados | 12/05/2015 07:44
Prefeito de Dourados durante reunião com secretários para anunciar corte de 50% no custeio (Foto: Chico Leite/Assecom)
Prefeito de Dourados durante reunião com secretários para anunciar corte de 50% no custeio (Foto: Chico Leite/Assecom)

Para não afetar setores fundamentais, como a saúde e as 140 obras em andamento no município, o prefeito Murilo Zauith (PSAB) determinou redução de 50% no custeio da máquina pública devido ao déficit na arrecadação de Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande.

Em reunião ontem com secretários municipais, o prefeito informou que o custeio de R$ 8 milhões precisa cair para R$ 4 milhões. Segundo ele, a crise no governo federal virou efeito cascata, chegou ao Estado e está impactando diretamente nos municípios.

Cafezinho – Fazem parte do custeio a folha de pagamento dos servidores e as despesas trabalhistas e previdenciárias, materiais de consumo (limpeza e papelaria), combustível, frota, manutenção em geral, telefone, água, energia, serviços terceirizados e até o tradicional cafezinho.

De acordo com a assessoria da prefeitura, a primeira medida já tinha sido adotada por Murilo, que foi a redução do expediente de atendimento ao público para 6 horas (das 7h às 13h). Rosenildo França, contador da prefeitura, informou que o expediente reduzido impacta diretamente na diminuição do consumo de matérias, água, energia, combustível e telefone.

Com as medidas, que não foram detalhadas pela assessoria do prefeito, Murilo espera chegar ao limite máximo estipulado de R$ 4 milhões para o custeio. Com isso, conseguira se adequar à queda de 50% na arrecadação e evitar demissões de servidores, paralisação de obras e redução do percentual investido na saúde.

Por lei, o município deveria investir 15% em saúde, mas o prefeito afirma que em Dourados esse índice chega a 22% do orçamento municipal.

FPM – Rosenildo França informou que entre as receitas municipais, a maior queda ocorre no repasse do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) devido à queda no movimento comercial brasileiro.

Pelo mesmo motivo, a queda no repasse do ICMS vem em segundo lugar, mas o município de Dourados sentiu também redução na arrecadação do IPVA, que é feito pelo Estado, mas uma parte é destinada aos municípios, e do IPTU, principal fonte própria de dinheiro dos municípios.

Nos siga no Google Notícias