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Interior

Com chuvas históricas, cemitério é interditado após água minar em túmulos

Além de túmulos alagados, rua de acesso ao cemitério está intransitável em Amambai, uma das 30 cidades de MS em emergência por causa das fortes chuvas

Helio de Freitas, de Dourados | 22/01/2016 11:16
Água verte do lençol freático entre os túmulos de um dos cemitérios de Amambai (Foto: Vilson Nascimento/A Gazeta News)
Água verte do lençol freático entre os túmulos de um dos cemitérios de Amambai (Foto: Vilson Nascimento/A Gazeta News)

As chuvas históricas que atingiram Mato Grosso do Sul de outubro de 2015 até o dia 15 deste mês ainda provocam estragos em cidades sul-mato-grossenses. Em Amambai, a 360 km de Campo Grande, um dos 30 municípios em situação de emergência, o Cemitério Municipal Crepúsculo, inaugurado em 2014, foi interditado pela prefeitura depois que a água começou a minar entre os túmulos.

Segundo a prefeitura, o volume de chuva elevou o lençol freático e minas extintas há décadas voltaram a verter água. A situação já era visível na zona rural de Amambai, em dezembro do ano passado, quando o Campo Grande News esteve no município.

Dessa vez, as minas surgiram nas margens da MS-485, próximo ao clube do laço e onde fica o Cemitério Crepúsculo. Os sepultamentos no local foram suspensos depois que a água inundou as covas abertas para novas sepulturas.

Prefeitura descarta risco de contaminação – Segundo a Secretaria de Serviços Urbanos, água é de minas, mas não há risco de contaminação do lençol freático. A prefeitura informou que todos os sepultamentos são feitos em lápides com espessura de cinco centímetros e antes de receber os restos mortais, que passam por impermeabilização.

De acordo com o site A Gazeta News, além do alagamento dos túmulos, outro motivo para a interdição é a situação da estrada vicinal que segue do prolongamento da Rua Cassiano Marcelo até a MS-485. A via está intransitável por causa das chuvas.

A direção do cemitério informou que pelo menos 80 pessoas foram sepultadas no Cemitério Crepúsculo desde 2014, quando foi inaugurado para substituir o antigo cemitério da cidade, o Santo Antônio, onde estão sendo feitos os sepultamentos.

Como não havia mais espaço para novos túmulos, a prefeitura decidiu remover os restos mortais de pessoas sepultadas no local há mais de 20 anos e cujos túmulos foram abandonados pelos familiares. Conforme a direção, os restos mortais estão sendo armazenados em locais apropriados, dentro do próprio Cemitério Santo Antônio.

Estrada vicinal que dá acesso ao cemitério também está intransitável (Foto: Vilson Nascimento/A Gazeta News)
Estrada vicinal que dá acesso ao cemitério também está intransitável (Foto: Vilson Nascimento/A Gazeta News)
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