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Interior

Comissão aponta falha na exumação em cemitério de Corumbá

Vinícius Squinelo | 09/09/2011 20:37

Saiu nesta sexta-feira o resultado da sindicância da Prefeitura de Corumbá que apurou denúncia recebidam informando que o aterramento da nova praça do bairro Cristo Redentor estaria sendo feito com material retirado do cemitério Nelson Chamma, na rodovia Ramão Gomez (saída para a Bolívia), onde foram encontrados pedaços de ossos humanos e outros objetos de sepulturas.

A denúncia do líder comunitário Augusto Amaral, também foi feita ao Ministério Público Federal (MPF), que instaurou Inquérito Civil Público para investigar a situação.

A sindicância buscou esclarecer as razões da utilização da terra do cemitério ou das proximidades do local; o porquê de ossos humanos terem sido encontrados entre o material utilizado no aterramento; e principalmente de quem foi a responsabilidade pelo ocorrido e quais atos podem ter contrariado os códigos de postura do Município e de conduta do servidor público.

Por conta da apuração promovida pelo Executivo Municipal, dois servidores foram afastados temporariamente de suas funções para garantir a isenção nas investigações da Comissão de Sindicância, que concluiu as análises dentro do prazo de 15 dias determinado pelo prefeito Ruiter Cunha de Oliveira.

Foram afastados os servidores Gerson Melo, superintendente de Serviços Urbanos e responsável pela manutenção no cemitério Nelson Chamma, e Edson de Moraes Rodrigues, gerente de Serviços Públicos, que coordenava os trabalhos de terraplanagem e aterramento da praça do bairro Cristo Redentor. O afastamento diz respeito apenas aos cargos de chefia que eles ocupam, sem prejuízo de suas funções efetivas, sendo que ambos são engenheiros concursados do Município.

De acordo com a Assessoria de Comunicação Institucional da Prefeitura corumbaense, o parecer da comissão - composta pela advogada Virgínia Barros Mello, procuradora do Município, e os engenheiros civis Adjalme Marciano Esnarriaga Junior e Tânia Mofreita Bruno Szochalewicz, ambos gestores de Obras e Projetos da Prefeitura - apontou a necessidade de instauração de processo administrativo disciplinar em face dos coveiros, do encarregado e do administrador do cemitério Nelson Chamma.

As investigações apuraram que a terra utilizada na obra da Praça Damy não foi retirada de dentro do cemitério, mas de um terreno ao lado, onde pessoas depositam materiais diversos, como pneus, garrafas pet, restos de tecidos, carcaças de animais e outros. Na época em que foi retirado, o aterro estava coberto por vegetação, o que induz que o material estaria depositado há um período considerável. O material recolhido da Praça Damy, nos dias 25 e 26 de agosto, será periciado a fim de constatar, efetivamente, se são de natureza humana e sua idade, embora haja indícios que seja ossada humana.(com informações do site Diário Online)

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