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Interior

Comissão de Senadores define visita aos guarani

Nícholas Vasconcelos | 05/11/2012 16:01
Audiência pública no Senado reuniu lideranças indígenas e autoridades do Estado. (Foto: Divulgação)
Audiência pública no Senado reuniu lideranças indígenas e autoridades do Estado. (Foto: Divulgação)

A Comissão de Direitos Humanos do Senado aprovou na manhã de hoje a visita aos índios guarani kaiowá que vivem em Iguatemi, a 466 quilômetros de Campo Grande. Segundo a assessoria do senador Randolfe Rodrigues (PSOL/AP), que apresentou a proposta na Comissão, a data da visita deve ser marcada a partir da semana que vem.

O grupo a ser visitado gerou comoção mundial, depois da divulgação de uma carta em que dizem que vão resistar, até à morte, ao despejo da fazenda Cambará, em Iguatemi.

Conforme o senador é necessário acompanhamento mais aprofundado por parte do Senado e do Governo Federal. O senador Eduardo Suplicy (PT/SP) propôs que a presidente da Funai, Marta Maria do Amaral Azevedo, participe da visita e que o Governo do Estado participe do diálogo para que se resolva o impasse.

Durante a reunião, o senador Cristovam Buarque (PDT/DF) sugeriu a criação de uma comissão mista de senadores e deputados para acompanhar a demarcação de terras e a posse delas pelos índios. Segundo ele, a Comissão de Direitos Humanos deve atuar como instrumento de equilíbrio e cobrança até a solução do problema. Ele definiu como “hipocrisia” a comemoração da aprovação de políticas de cotas em universidades para indígenas e a falta de “cotas de terras”.

Já o senador João Capiberibe (PSB/AP) criticou a demora das decisões dos tribunais sobre as demarcações, apesar de considerar que elas são legítimas. Capiberibe defendeu o levantamento minucioso de todos os processos tramitam no Judiciário para definir as partes envolvidas, as datas que iniciam os processos e áreas onde há conflitos.

O senador disse ainda que vai pedir informações ao Ministério da Justiça e ao Ministério Público sobre os inquéritos policiais envolvendo os assassinatos de lideres indígenas guarani-kaiowá e que não avançam “em razão de divergências políticas”.

O grupo a ser visitado gerou comoção mundial, depois da divulgação de uma carta em que dizem que vão resistar, até à morte, ao despejo da fazenda Cambará, em Iguatemi.

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