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Interior

Construído em 2012, IML nunca funcionou e autopsias são feitas em funerária

Apenas parte administrativa do núcleo de medicina legal de Dourados está sendo usada, mas salas de exames não estão prontas

Helio de Freitas, de Dourados | 11/05/2016 17:17
IML de Dourados está inacabado e não há previsão para retomada da obra (Foto: Eliel Oliveira)
IML de Dourados está inacabado e não há previsão para retomada da obra (Foto: Eliel Oliveira)

Com funcionamento parcial desde 2012, o IML (Instituto Médico Legal) de Dourados está inacabado e até agora não há previsão de quando a obra será concluída.

Médicos legistas da Polícia Civil precisam recorrer a salas de funerárias para fazer autopsias, o que dificulta o trabalho e compromete o resultado de investigações policiais na segunda cidade de Mato Grosso do Sul, localizada a 233 km de Campo Grande.

Localizado na Avenida Coronel Ponciano, o prédio é usado apenas para serviço administrativo. Para ser ativado, o setor de autopsias necessita de acabamento e instalação de equipamentos.

O IML também não tem espaço para armazenamento de corpos. Por falta de geladeiras, pessoas mortas na cidade já foram enterradas como indigentes, já que não houve tempo para esperar algum membro da família para a identificação.

Na segunda-feira (9), o rapaz de 22 anos encontrado morto em uma estrada de terra no domingo, seria enterrado como indigente naquela se nenhum familiar fizesse a identificação porque não existia local para armazenar o corpo. Entretanto, uma irmã da vítima identificou o rapaz como sendo Jefferson Marcolino Miranda, 22.

O médico legista Guido Vieira Gomes, chefe do Núcleo de Medicina Legal de Dourados, disse que mesmo com a falta de estrutura, o IML de Dourados precisa atender Fátima do Sul, Douradina, Rio Brilhante, Caarapó e Itaporã e às vezes fazer autopsias até mesmo de Naviraí e Nova Andradina.

Inacabado – Assim como várias outras obras deixadas inacabadas em Dourados em 2014, o prédio do IML de Dourados está 60% pronto. Somente depois da conclusão será possível obter o licenciamento ambiental para o funcionamento do setor de exames.

Ao Campo Grande News, a Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos de Mato Grosso do Sul) informou, por meio da assessoria de imprensa, que a empresa responsável pela construção abandonou a obra e que ainda faltam alguns itens, como orçamento de um transformador para atender o raio-X que será instalado no local e o projeto de ligação de esgoto.

“O orçamento da parte civil já foi concluído pela Agesul. Após os orçamentos pendentes, será feita a licitação. Portanto, ainda não temos uma data precisa para o funcionamento do IML”, informou órgão estadual.

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