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Interior

Contra governo Temer, servidores e sindicalistas fazem greve geral na sexta

Em Dourados, movimento vai envolver estudantes, professores e demais trabalhadores locais e de cidades da região

Helio de Freitas, de Dourados | 09/11/2016 12:35
Servidores da UFGD vão participar do protesto na sexta (Foto: Divulgação)
Servidores da UFGD vão participar do protesto na sexta (Foto: Divulgação)

Servidores públicos, estudantes e bancários participam sexta-feira (11) em Dourados, a 233 km de Campo Grande, da greve geral convocada em todo o país em protesto contra as medidas que estão sendo tomadas pelo governo Michel Temer.

Professores da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) e das redes estadual e municipal, técnicos administrativos da UFGD e bancários já confirmaram participação a mobilização, que começa às 8h na Praça Antonio João e deve incluir o bloqueio da Avenida Guaicurus, que liga o perímetro urbano à cidade universitária.

Estudantes da universidade federal se reúnem hoje à noite para decidir se participam da greve geral. Já os professores da Uems (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) fazem assembleia amanhã e também deve aderir à paralisação.

A greve geral protesta contra o controle dos gastos do governo, contra a terceirização, contra as reformas da Previdência, trabalhista e do ensino médio e defende o piso nacional, o emprego e o pré-sal.

Em carta encaminhada aos senadores de Mato Grosso do Sul, os sindicatos cobram apoio contra as medidas encaminhadas pelo governo Temer ao Congresso.

“A intensificação dos ataques neoliberais à classe trabalhadora, e aos seus direitos sociais, promovidos pelo governo federal, Congresso Nacional e Judiciário coloca na ordem do dia a necessidade de enfrentamento cada vez mais intenso aos projetos em curso que, se aprovados, trarão enormes prejuízos à população brasileira”, afirma trecho do documento.

De acordo com os manifestantes, a PEC 55 que tramita no Senado, que era a PEC 241 na Câmara dos Deputados, indica redução ainda maior dos investimentos no serviço público, especialmente na educação e saúde, por 20 anos.

“Tal redução ocasionará uma profunda precarização do trabalho e do atendimento à população que depende necessariamente dos direitos sociais garantidos na Constituição Federal e que serão destruídos caso a PEC seja aprovada”, afirmam os servidores e sindicalistas de MS.

O movimento também critica o que chama de “contrarreforma da Previdência e trabalhista”, a reforma do ensino médio, a “Lei da Mordaça” (escola sem partido) e outros projetos de lei que tramitam no Congresso Nacional “e que confrontam o interesse das trabalhadoras e trabalhadores, especialmente da educação”.

Para demonstrar insatisfação com as medidas e lutar contra a retirada de direitos, as categorias apontam a necessidade de intensificar a mobilização em conjunto com outros segmentos da classe trabalhadora, movimentos sociais e estudantil.

“Conclamamos os senadores de Mato Grosso do Sul a defenderem a educação pública e os direitos sociais e trabalhistas conquistados de forma democrática, votando contra a PEC 55, denominada PEC do fim do mundo pelos movimentos sociais, sindicais e estudantes”, afirma o documento.

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