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Interior

Corumbá terá o primeiro centro voltado à mulher em situação de fronteira do País

Daniel Machado | 02/02/2015 22:10
Segundo o prefeito Paulo Duarte, a área para a construção da casa já foi aprovada pelo Governo Federal e o terreno, construção e mobiliário serão totalmente financiados pelo Governo Federal (Foto: Reprodução)
Segundo o prefeito Paulo Duarte, a área para a construção da casa já foi aprovada pelo Governo Federal e o terreno, construção e mobiliário serão totalmente financiados pelo Governo Federal (Foto: Reprodução)

Se é de Mato Grosso do Sul o primeiro município do Brasil a contar com a Casa da Mulher Brasileira, a ser inaugurada nesta terça-feira (3) em Campo Grande, é também sul-mato-grossense a primeira cidade do País a contar com o Centro de Atendimento à Mulher em Situação de Fronteira, outro projeto comandado pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República.

Será em Corumbá, 419 quilômetros da capital. Pelo menos é o que afirmou, em primeira-mão para o Campo Grande News, o prefeito do município, Paulo Duarte (PT). “A área já foi aprovada pelo Governo Federal, fica em um terreno no bairro Popular Velha, próximo ao Instituto Federal de Mato Grosso do Sul, e já existe inclusive o projeto arquitetônico, totalmente financiado pelo governo”, comemorou o prefeito.

O outro município sul-mato-grossense que deve receber o Centro de Atendimento à Mulher em Situação de Fronteira na sequência é Ponta Porã, próximo ao Paraguai e a 323 quilômetros de Campo Grande, além das cidades de Santana do Livramento (RS), fronteira com o Uruguai e Brasiléia (AC), fronteira com a Bolívia na região norte.

Apesar de também prevenir e combater a violência de gênero em todas as formas mais distintas, o conceito do atendimento à mulher em situação de fronteira é um pouco diferente em relação ao que será oferecido na Casa da Mulher Brasileira, por exemplo.

“A ideia é atender mulheres na fronteira, ou seja, não só as brasileiras, mas as bolivianas também. Junto com a Polícia Federal, deveremos ter uma abordagem bem mais forte contra o tráfico de mulheres, tão intenso nessas regiões, e estabelecer parcerias também com os governos vizinhos, com uma assistência especializada às migrantes que sofrem violência”, explicou Cris Santana, gerente de Políticas para a Mulher no município de Corumbá, que hoje esteve em Campo Grande em reunião com o arquiteto da nova unidade, que deve ser concluída até o final de 2014, com terreno, construção e mobília financiados pelo Governo Federal.

“Agora irei levar o projeto arquitetônico para o prefeito, pois a contrapartida do município será os funcionários que irão manter a casa funcionando e estamos definindo quais os serviços oferecidos, costurando parcerias com o Estado, enfim, definindo tudo para que a mulher chegue e seja atendida pelo maior leque de serviços possíveis e o projeto arquitetônico é importante dentro desse planejamento”, antecipou.

De acordo com a gerente, Corumbá encerrou 2014 com um atendimento médio de 12 mulheres por dia em situação de violência. “São mulheres que sofrem com violências não só físicas, mas psicológicas, patrimoniais e quanto mais serviços oferecemos, mais cresce essa demanda reprimida”

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