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Interior

Crise em usina faz prefeito ir a SP cobrar resposta do grupo Bertin

Maior empregadora da cidade, indústria vive momento de crise com atraso de pagamento a funcionários e servidores

Helio de Freitas, de Dourados | 28/07/2015 13:26
Usina Infinity Bio-Energy, em Naviraí; maior empregadora do município, indústria está em crise e com salários atrasados (Foto: Divulgação)
Usina Infinity Bio-Energy, em Naviraí; maior empregadora do município, indústria está em crise e com salários atrasados (Foto: Divulgação)

O prefeito de Naviraí, Léo Matos (sem partido), anunciou nesta terça-feira (28) que vai a São Paulo esta semana para tentar contato com os responsáveis pela usina Infinity Bio-Energy, maior empregadora da cidade, localizada a 366 km de Campo Grande.

Instalada na margem da BR-163, a 7 km do centro, a indústria passa por uma grave crise financeira. Os salários de funcionários e pagamento de fornecedores estão atrasados. Nesta terça, os empregados bloquearam a rodovia em protesto contra a empresa.

“Vamos procurar o grupo Bertin para saber qual a real situação dessa empresa. Não podemos ficar de braços cruzados enquanto pais de famílias perdem seus empregos, e em alguns casos não têm nem o que colocar na mesa para comer”, afirmou o prefeito.

Léo Matos autorizou a assistência social do município a atender os empregados da empresa que estiveram com alguma necessidade. “Os casos que se enquadrarem na Lei serão atendidos”, afirmou.

Segundo o prefeito, a situação se arrasta há meses. “É um problema interno da indústria, mas não podemos fugir de nossas responsabilidades, pois estamos falando do emprego de milhares de pessoas”.

Recuperação judicial – Criada em plena expansão do setor sucroenergético, em 2006, a Infinity Bio-Energy apresentou recentemente à Justiça um novo plano de recuperação judicial. A companhia pede dessa vez autorização para a venda de três de suas seis unidades produtoras de etanol, energia e açúcar, o arrendamento das usinas restantes e renegociação com os credores de uma dívida estimada em R$ 1,9 bilhão.

O plano prevê pagar credores com a venda das usinas Cridasa em Pedro Canário (ES), Alcana em Nanuque (MG) e Central Paraíso em São Sebastião do Paraíso (MG). Todas estão fechadas por falta de cana-de-açúcar para o processamento e são avaliadas em R$ 520 milhões pela empresa. A proposta prevê 15% dos valores recebidos pelas usinas para quitação de dívidas trabalhistas.

Outras três unidades da Infinity são Disa em Conceição da Barra (ES), Ibiralcool em Ibirapuã (BA) e a Usina Naviraí.

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