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Interior

Depois de 8 dias, índios desocupam aterro e coleta é retomada

Mariana Lopes | 28/05/2014 19:00
Índios bloquearam lixão de Miranda por oito dias em(Foto: Divulgação)
Índios bloquearam lixão de Miranda por oito dias em(Foto: Divulgação)
Lixo ficou acumulado nas ruas de Miranda (Foto: Divulgação)
Lixo ficou acumulado nas ruas de Miranda (Foto: Divulgação)

Um grupo de aproximadamente 180 indígenas desocupou a entrada do aterro sanitário de Miranda, a 201 quilômetros de Campo Grande, que estava bloqueada desde o dia 20 abril na manhã desta quarta-feira (28), por volta das 8h. A coleta de lixo na cidade, que estava parada desde o primeiro dia de protesto, voltou a funcionar hoje, mas precisará ser intensificada até normalizar a quantidade acumulada.

Segundo o advogado da Prefeitura do município, Nilton Tinoco, será feito um trabalho intensivo, com aumento do volume de carga recolhido e com horas estendidas de coleta. “Para normalizar o volume do lixo ainda vai um tempo, acredito que até o início da próxima semana, mas não vamos medir esforços para regularizar a situação, pois se trata de uma questão de saúde público”, garante o advogado.

Na tarde de ontem (27), a prefeita de Miranda, Marlene Bossay (PMDB) e representantes do grupo de indígenas que fechou o lixão da cidade participam de uma audiência na 4ª Vara da Justiça Federal, em Campo Grande, na qual as duas partes entraram em um acordo.

De acordo com o cacique Branco, da aldeia Babaçu, o grupo concordou em liberar o aterro sanitário diante da promessa da prefeita em atender as reivindicações dos indígenas. O cacique ainda ressalta que na audiência, o juiz Pedro Pereira determinou que o MPF (Ministério Público Federal) faça um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com a prefeita, para que ela receba os índios no gabinete da Prefeitura para ouvir os pedidos deles.

Conforme informações do advogado da classe indígena, Luiz Henrique Eloy, o MPF vai fiscalizar os atos da prefeita, que tem 90 dias para cumprir o acordo. Foi marcada uma reunião, entre os dias 19 e 30 de junho, com os indígenas, a prefeita e um procurador federal para estabelecer um cronograma para a chefe do executivo atender as reivindicações dos terena.

Segundo o líder indígena, uma média de 7,5 mil índios vivem nas aldeias de Miranda e enfrentam dificuldades em relação a infraestrutura dos locais. “Pedimos iluminação pública, maior atenção às pontes, transporte escolar nas áreas de retomada e, em especial, que a prefeita retome a Secretaria Municipal de Assuntos Indígenas”, explicou o cacique Branco.

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