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Interior

Depois de simulação, Polícia tem 2 versões para morte de tenente em Cassilândia

Paula Maciulevicius | 24/10/2011 20:59

Segundo o delegado, a Polícia aguarda agora o laudo pericial, que deve demorar ainda 10 dias

Tenente Mário José Eufrásio da Silva, 49 anos, foi morto no último dia 15, em Cassilândia. (Foto: Cassilândia News).
Tenente Mário José Eufrásio da Silva, 49 anos, foi morto no último dia 15, em Cassilândia. (Foto: Cassilândia News).

Depois da simulação do assassinato do tenente Mário José Eufrásio da Silva, 49 anos, morto no último dia 15, em Cassilândia, cidade distante 418 quilômetros de Campo Grande, a Polícia tem duas versões para a morte do comandante da PM.

Segundo o site Cassilândia News, o delegado da Polícia Civil de Cassilândia, Rodrigo de Freitas, afirmou que as versões foram descritas pelo acusado e por testemunhas na última sexta-feira durante a simulação do crime.

Na versão do suspeito, o soldado Adriano Paulo da Silva, 34 anos, conhecido como Paulão, ele teria efetuado um disparo de dentro da casa, saído e ido para o lado direito da residência.

A vítima teria corrido para este lado também, onde tem um corredor estreito, e lá o soldado teria efetuado mais um disparo. Depois, Paulo teria ido para o lado esquerdo da casa, visto o tenente e dado dois tiros, que segundo ele, foram para cima.

Posteriormente, Paulo correu novamente para o lado direito da residência, e quando estava chegando perto do corredor, eles trombaram e ele o acusado teria escutado um ou dois disparos nas costas, momento em que efetuou um disparo contra o tenente para soltá-lo.

Isso porque, segundo relatos do delegado, o tenente havia segurado as mãos do soldado. O tiro teria atingido o tenente. O policial militar Caleghari teria conversado com ele dizendo que ele estava preso e ele dado as mãos para ser preso. Esta é a versão do Paulo, relatou o delegado.

A versão dos policiais militares que testemunharam o crime é um pouco diferente.

De acordo com relato de testemunhas, Paulo estava dentro da residência e de lá, após a discussão com o tenente Eufrásio, desferiu um disparo de arma de fogo contra o tenente. Este disparo atingiu o portão, munição que foi encontrada pela Polícia.

Os policiais disseram que neste momento, de dentro da residência para fora, Paulo não correu para o lado direito e sim para o esquerdo. O tenente correu para o lado esquerdo e foi para trás da casa e o soldado correu pelo lado esquerdo e deu mais dois disparos atrás do tenente. Estes disparos também não atingiram o tenente.

Então o Paulo voltou correndo para o lado direito da residência e o tenente Eufrásio deu a volta. Lá, num canto, na parte da frente da residência, eles colidiram. Na hora que entraram em confronto na parte da frente, o tenente Eufrásio segurou as mãos do Paulo, contou o delegado.

Rodrigo Freitas, responsável pelas investigações diz ainda não saber se antes ou depois que o tenente segurou as mãos de Paulo houve mais um disparo.

Segundo o delegado, a Polícia aguarda agora o laudo pericial, que deve demorar ainda 10 dias.

O resultado do laudo necroscópico nos dois projéteis, que atingiram a cabeça e a barriga do tenente, indicam que saíram de uma arma calibre 40.

Tanto a perícia da simulação quanto da balística das armas de fogo, vão apontar qual calibre matou o comandante.

O acusado disse que só disparou porque ele escutou um primeiro disparo. Nesse momento o policial tentou um tiro que pode ter atingido a cabeça do policial.

O juíz já converteu o inquérito em prisão preventiva.

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