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Interior

Desvio para preservar asfalto de rodovia vira armadilha para caminhões

Mariana Castelar | 27/05/2016 13:23
Estrada de terra é a única opção para caminhoneiros que precisam passar por Santa Rita do Pardo (Foto: Direto das Ruas)
Estrada de terra é a única opção para caminhoneiros que precisam passar por Santa Rita do Pardo (Foto: Direto das Ruas)

Há pouco mais de um mês, caminhoneiros que precisam passar por Santa Rita do Pardo, distante a 266 km de Campo Grande, são obrigados a transitar por um desvio de terra criado pela prefeitura. A alternativa é uma forma de evitar que os caminhões trafeguem por dentro da cidade e danifiquem o asfalto.

Na semana passada, uma carreta ficou dois dias atolada no desvio. O gerente da empresa Marcon,  Fernando Nazário  conta que o motorista fez o percurso pela primeira vez, pois estava atendendo um cliente da região.

“O caminhão estava com 30 toneladas de ferro que seriam levados para uma usina. Depois de dois dias, os funcionários de lá conseguiram fornecer um carro para que o caminhão fosse resgatado”, afirma.

Caminhoneiro há 39 anos, Inácio Francisco da Silva disse que passou na região semana passada, mas não pegou a rota alternativa devido a falta de estrutura do local. “Eu e tantos outros caminhões, inclusive um de nove eixos, passamos por dentro da cidade. Com as chuvas não tem condições de transitar por ali”. De acordo com ele, na entrada da cidade há uma placa informando a proibição de caminhões pesados no área urbana da cidade.

Ciente do problema, o prefeito de Santa Rita do Pardo, Cacildo Dagno Pereira (PRP) disse que a proibição das carretas nas duas avenidas asfaltadas da cidade é para tentar preservar o pouco que sobrou da rodovia.

“A rodovia está toda danificada por conta dos veículos pesados que passam sem parar pela cidade. E para podermos revitalizar, é preciso que eles parem de andar por ali. O governo já se comprometeu a arrumar, mas tem chovido toda semana atrasando ainda mais o serviço”.

De acordo com ele, não há previsão de melhoria no desvio realizado, mas foi conversado na possibilidade de colocar cascalho. “Tive uma reunião com secretário estadual de Infraestrutura, Marcelo Miglioli, que falou que está vendo onde conseguir o material, porque, segundo ele, dá difícil de achar”.

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