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Interior

Dez meses após perder cargo e deprimido, ex-prefeito morre na Capital

Antonio Marques | 09/01/2016 10:23
Ex-prefeito morreu na madrugada deste sábado em consequência de estado depressivo Foto: Ruben Teixeira/Jornal da Cidade)
Ex-prefeito morreu na madrugada deste sábado em consequência de estado depressivo Foto: Ruben Teixeira/Jornal da Cidade)

O ex-prefeito de Figueirão, município a 226 km da Capital, Neilo Cunha morreu na madrugada de hoje, dia 9, no Hospital El Kadri, em Campo Grande, depois de 15 dias de internação para se tratar de tuberculose e hepatite C, consequências de momento político sucedido de uma depressão. Ele tinha 39 anos, foi professor de História da rede estadual e iniciou na vida política como vereador em 2005, logo após a emancipação de Figueirão, em setembro de 2003.

Antes de assumir a prefeitura, Neilo foi vereador por três mandatos e chegou a ser presidente da Câmara Municipal, responsável pela construção do prédio da Casa. Mesmo na função de vereador, ele continuava dando aula na escola estadual da cidade.

Conforme o amigo e ex-assessor, Vagney Fernando, Neilo Cunha era uma pessoa saudável até ser retirado do cargo de prefeito em março de 2015, por decisão do TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul), que cancelou a eleição suplementar realizada em setembro de 2013, depois que o prefeito Getúlio Barbosa ter sido cassado pelo próprio Tribunal por abuso do poder econômico, em abril do mesmo ano.

Vagney Fernando relatou que a decisão do TRE-MS deixou o amigo transtornado, pois ele tinha renunciado ao cargo de vereador e deixado de ser professor na escola estadual para concorrer à prefeitura na eleição suplementar, vencida com 50,31% dos votos. “Ele ficou desempregado. Perdeu o cargo de vereador, deixou a sala de aula e ficou endividado por ter gasto dinheiro com a eleição.”

Segundo o ex-assessor, que também foi vereador da cidade no primeiro mandato da Câmara junto com Neilo, o ex-prefeito chegou a acionar o TRE-MS pedindo indenização pelos gastos que teve na eleição suplementar.

Vagney disse que, após ser retirado da prefeitura, Neilo Cunha entrou em depressão e ficou doente meses depois por conta da tuberculose e a hepatite C. Segundo o amigo, há cerca de um mês e meio as condições de saúde do ex-prefeito se agravou e há cerca de 15 dias ele foi internado no hospital em Campo Grande. “A população de Figueirão está chocada, por ser uma liderança política nova, que tinha futuro”, ressaltou.

O ex-assessor contou que Neilo Cunha não teria conseguido atendimento pelo SUS e foi preciso fazer uma mobilização na cidade para arrecadar recursos para internação de Neilo Cunha na rede particular. O corpo do ex-prefeito vai ser velado a partir da tarde deste sábado na sede da Câmara de Vereadores e o sepultamento deve acontecer na manhã deste domingo.

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