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Interior

Dois moradores de MS são presos por duplo homicídio em Salto del Guairá

Jânio Ricardo Benitez e Cleucio Pereira dos Santos estavam em um Fiat Palio semelhante ao usado pelos pistoleiros

Helio de Freitas, de Dourados | 29/09/2016 07:48
Janio e Cleucio foram presos por execução de dois brasileiros no Paraguai (Foto: César Galeano)
Janio e Cleucio foram presos por execução de dois brasileiros no Paraguai (Foto: César Galeano)
Caminhonete bateu em loja após brasileiros serem alvejados (Foto: ABC Color)
Caminhonete bateu em loja após brasileiros serem alvejados (Foto: ABC Color)

Os sul-mato-grossenses Jânio Ricardo Benitez e Cleucio Pereira dos Santos estão presos no Paraguai acusados pelo assassinato de outros dois brasileiros, Jhoni Reis Fernandes Oliveira, 33, e Jairo de Castro Alves, 44. As execuções ocorreram ontem (28) em Salto del Guairá, cidade paraguaia vizinha de Mundo Novo (MS), a 476 km de Campo Grande.

De acordo com a Polícia Nacional do Paraguai, Jânio e Cleucio foram localizados cerca de quatro horas depois das mortes em um Fiat Palio cinza, placa HNQ-7123, de Ivinhema. Dentro do carro foram encontradas munições, mas a polícia ainda não revelou detalhes do depoimento dos suspeitos.

Jhoni Oliveira era filho do ex-vereador e ex-presidente da Câmara de Mundo Novo, Sebastião dos Reis Oliveira, o Tião Barbudo, e Jairo Castro era filho do dono do jornal Tribuna do Povo, que circula na região sul de MS, Jairo de Lima Alves.

Os dois, com antecedentes criminais por ligação com quadrilhas de contrabandistas, seguiam em uma caminhonete Amarok branca, placa AQO-0097, de Umuarama (PR), pela Rua Bernardino Caballero, no bairro San Blas, quando foram cercados pelos pistoleiros no Fiat Palio.

Pelo menos 40 tiros de pistolas 9 milímetros e calibre 40 foram disparados em direção aos brasileiros. Jhoni morreu na hora e Jairo ainda chegou a ser socorrido ao hospital da cidade, mas morreu em seguida.

Contrabando – Os dois brasileiros eram apontados pela polícia paraguaia como integrantes de uma grande quadrilha de contrabando de cigarros.

Em abril de 2014, Jhoni Oliveira foi um dos 31 denunciados na Operação “Prometeu”, desencadeada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) para desmantelar uma quadrilha que levava cigarro do Paraguai para o Brasil.

Foi uma das maiores operações de combate ao crime organizado em Mundo Novo. A quadrilha atuava há anos na região e praticava diversas atividades ilícitas, como remessa de produtos ilegais (armas, munições, medicamentos, eletrônicos, cigarros), roubo e receptação de veículos de carga, falsificação de documentos públicos e vários outros crimes correlatos.

Jairo de Castro Alves também tinha ficha na polícia. Em maio de 2015, ele foi preso na Operação Hidra, desencadeada pela Polícia Federal em Maringá (PR) para desencadear uma organização criminosa que atuava na região. Jairo era responsável pelo contrabando de agrotóxico, segundo a PF.

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