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Interior

Dono de restaurante nega preconceito e diz que lei veta venda de bebida a índios

Aline dos Santos | 16/10/2013 09:17

“Não é preconceito, é lei”. A afirmação é de Aparecido Rojo Duarte, sócio-proprietário do restaurante Zero Hora, no município de Miranda, em reposta à denúncia de que cinco índios terenas sofreram discriminação, ontem, no estabelecimento comercial.

Segundo ele, os terenas queriam comprar cerveja, mas lei federal proíbe a venda de bebida alcoólica para indígenas. “A venda é proibida, é ilegal. O garçom e o gerente tiveram esse entendimento”, afirma.

A Lei Federal 6.001/73 prevê detenção de seis meses a dois anos para quem for flagrado vendendo bebida a índios. “Não discriminamos. Os índios vendem aqui em frente da lanchonete, usam nossos banheiros, compramos a produção deles. Não tem preconceito”, afirma Aparecido Duarte.

Na versão da enfermeira Zuleica Tiago, de 24 anos, um dos garçons do estabelecimento, localizado na BR-262, disse que o restaurante iria “parar de atender os índios”. Ela explica que foi em companhia do pai e de outros parentes visitar os indígenas que participam de invasão de imóveis rurais em Miranda. Aparecido Duarte disse que pode denunciá-la por calúnia e difamação.

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