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Interior

Em greve, servidores do Judiciário Federal fazem três dias de “apagão”

Seguindo programação nacional, grevistas paralisam 100% das atividades de segunda a quarta-feira da próxima semana

Helio de Freitas, de Dourados | 14/08/2015 15:25
Servidores do Poder Judiciário vão paralisar atividades por três dias em Dourados (Foto: Eliel Oliveira)
Servidores do Poder Judiciário vão paralisar atividades por três dias em Dourados (Foto: Eliel Oliveira)

Servidores do Judiciário Federal vão paralisar 100% das atividades nos dias 17, 18 e 19 em Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande. O chamado “apagão” faz parte das ações nacionais da categoria, que está em greve em todo o país e pressiona o Congresso Nacional a derrubar o veto da presidente Dilma Rousseff a Projeto de Lei Complementar PLC 28/2015, que estabelece reajuste escalonado de 53% a 78,56% aos funcionários do Poder Judiciário.

De acordo com os grevistas, o projeto aprovado pela Câmara recompõe as perdas salariais de nove anos. Entretanto, o governo federal considerou o índice fora das condições financeiras atuais e a presidente vetou o aumento, no dia 21 de julho. Constitucionalmente, o Congresso pode derrubar o veto e promulgar a medida.

Conforme a assessoria do Judiciário Federal, o veto deve ser apreciado na terça-feira (18). Fazem parte dessa categoria os servidores das Justiças do Trabalho, Federal, Eleitoral e Militar.

O comando de greve informou que durante o “apagão”, apenas casos de urgência e processos com prazos em curso serão atendidos. Pelo menos 20 servidores de Dourados seguirão para Brasília, para participar do movimento de pressão aos congressistas. Na porta da Justiça Federal, no cruzamento da Avenida Presidente Vargas com Rua Ponta Porã, haverá a arrecadação de alimentos não perecíveis para doação em comunidades carentes.

Nova proposta – Os servidores já anunciaram posição contrária ao anúncio do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, que prometeu enviar ao Congresso uma nova proposta, prevendo reajuste salarial para os servidores do Judiciário de 16,5% a 41,47% ao longo de quatro anos.

De acordo com o comando de greve, a proposta não repõe a perda salarial dos últimos nove anos, já que a inflação correspondente ao período foi de 67%.

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