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Interior

Em nota, associação defende policiais e critica “corporativismo nefasto” da OAB

Entidade que representa policiais militares diz que advogado desrespeitou trabalho da PM ao atender cliente, por isso foi preso

Helio de Freitas, de Dourados | 18/08/2015 17:04

Em defesa de dois policiais militares acusados de abuso de autoridade por prenderem um advogado, ontem em Dourados, a Associação de Cabos e Soldados da PM de Mato Grosso do Sul divulgou nota oficial nesta terça-feira (18) em que faz críticas à OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e afirma que a entidade agiu “com corporativo nefasto”.

Segundo a nota, o advogado Jeferson Antonio Baqueti teria tentado impedir o trabalho dos policiais e desrespeitado a Polícia Militar. Já a OAB afirma que os policiais violaram as prerrogativas do advogado, que tentava defender seu cliente, detido e algemado acusado de fazer manobras arriscadas com uma moto esportiva. Sobre o fato de o suspeito ter sido algemado, a associação afirma que o procedimento foi adotado porque a viatura não tinha camburão e havia risco de fuga.

“Consta que o advogado, sem qualquer respeito aos policiais de serviço, teria diretamente se dirigido para conversar com a pessoa a ser conduzida. Não bastasse isso, teria colocado o aparelho celular próximo ao rosto do policial tentando proceder a uma entrevista forçada. Mesmo após várias advertências, demonstrando desprezo e desdém ao trabalho policial, teria passado a gritar com a guarnição, exigindo que as algemas fossem retiradas, além de posicionar parte do seu corpo no interior da viatura, motivo pelo qual recebeu voz de prisão”, afirma a nota.

OAB – Em crítica direta à OAB, que ontem à noite havia divulgado nota de repúdio contra a prisão do advogado, a Associação de Cabos e Soldados afirma que a entidade, “que sempre se intitula como defensora do devido processo legal aplicável a qualquer pessoa (ampla defesa e contraditório)”, agiu de forma precipitada por divulgar os nomes dos policiais e lançar uma “nota de repúdio leviana, expressando um corporativismo nefasto”.

A associação encerra a nota “repudiando veemente” a manifestação da 4ª Subseção da OAB “pelo paradoxal julgamento antecipado”, pois, segundo a entidade que representa os PMs, ainda não houve qualquer apuração dos fatos.

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