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Interior

Entidade de direitos LGBT repudia espancamento motivado por homofobia

Nyelder Rodrigues | 13/01/2017 23:05
Na imagem, é possível ver jovem antes e depois do espancamento (Foto: Rádio Caçula)
Na imagem, é possível ver jovem antes e depois do espancamento (Foto: Rádio Caçula)

O cabeleireiro Caio Henrique Cruz Lopes, de 27 anos, foi espancado na madrugada de terça-feira (10) por uma dupla na proximidades da praça Senado Ramez Tebet, em Três Lagoas - cidade localizada 338 km de Campo Grande. Além de agredido, o rapaz foi roubado. Ele alega que se trata de homofobia.

Caio contou à Rádio Caçula que estava na praça com amigos e, quando todos foram embora, ele foi ao banheiro. Um homem pediu o isqueiro emprestado no caminho. Na saída do banheiro, ele pediu de volta o isqueiro.

Foi aí que Lopes começou a ser espancado, tendo inclusive o retrovisor de sua motocicleta arrancado e jogado contra a cabeça. Já desmaiado, ele foi jogado em uma vala perto de um córrego da região.

A situação despertou a atenção da população devido a brutalidade e intolerância dos agressores. Em nota, o Secretariado Estadual Diversidade Tucana de Mato Grosso do Sul repudiu a situação, a classificando de covarde "frente à agressão física e moral ao cidadão Caio Lopes".

"A intolerância não pode ser permitida, práticas violentas e covardes precisam ser afastadas com ênfase e sem medo, da nossa convivência. Pela liberdade, pela justiça, pelos direitos humanos de/e para todos e todas", frisa a nota.

O texto também relembra que, a cada 28 horas, um homossexual é morto de forma violenta no Brasil. "Hoje, se uma pessoa sofrer uma agressão física ou verbal, por ser homossexual, ela poderá ir a uma delegacia de polícia prestar queixa, mas não consegue registrar o caso como homofobia porque não existe esse crime na legislação brasileira", comenta.

Presidente do Secretariado Estadual Diversidade Tucana - pasta ligada ao PSDB -, Hosilene de Araújo Lubacheski, afirma que devemos combater a prática de perseguição ou discriminação por qualquer seja o motivo.

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