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Interior

Envolvido em assalto que terminou na morte de advogado é preso na fronteira

Bandido que dirigiu a Hilux SW4 roubada do advogado Márcio Alexandre dos Santos foi preso nesta terça-feira, em Ponta Porã

Helio de Freitas, de Dourados | 22/12/2015 16:08
Ângelo Ramão Bardão Rocha, o Gordinho, foi preso nesta terça-feira (Foto: Divulgação)
Ângelo Ramão Bardão Rocha, o Gordinho, foi preso nesta terça-feira (Foto: Divulgação)

Foi preso no início da tarde desta terça-feira (22) em Ponta Porã, a 323 km de Campo Grande, um dos envolvidos no assalto que terminou no assassinato do advogado Márcio Alexandre dos Santos, 36, ocorrido na madrugada de 25 de outubro de 2014 em Dourados.

Ângelo Ramão Bardão Rocha, o Gordinho, dirigiu até o Paraguai a caminhonete Hilux SW4, tomada do advogado. Na ação, o policial federal Marcello Portela da Silva, amigo do advogado, matou Márcio Alexandre com oito tiros, supostamente por confundi-lo com Ângelo Rocha. Os dois tinham características físicas semelhantes.

Gordinho foi preso por policiais civis quando transitava pelo Jardim Marambaia. O núcleo de inteligência da Polícia Civil já monitorava o foragido depois de receber informações de que ele estaria escondido na fronteira, mas constantemente atravessava a Linha Internacional e entrava em território brasileiro.

Outro foragido – Com a prisão de Ângelo Rocha, apenas um dos envolvidos no assalto continua foragido: Aldair Barbosa Souza, o “Bruno”, dono do Gol metálico usado pela quadrilha para chegar ao advogado.

Isaque Daniel Gonçalves Baptista, 23, o “Carioca”, que estava armado com um revólver calibre 22 e foi ferido na barriga por dois tiros disparados pelo policial federal, foi o único condenado até agora pelo assalto.

Em julho deste ano, o juiz da 2ª Vara Criminal de Dourados, Marcus Vinícius de Oliveira Elias, condenou Isaque a sete anos e quatro meses de prisão. Emerson Antunes Machado, 22, o “Alemão”, que estava junto com os outros três acusados e que também havia sido denunciado pelo Ministério Público, foi absolvido. Ele ficou onze meses preso e ganhou a liberdade após a absolvição.

Isaque Baptista pegou uma pena mais leve do que a prevista na denúncia do MP. O juiz acolheu o pedido da defesa e desclassificou a denúncia de latrocínio para roubo majorado. Já Emerson Machado escapou por Isaque afirmar que ele não tinha conhecimento do assalto.

A denúncia contra Ângelo e Aldair tinha sido foi desmembrada e no dia 29 de setembro deste ano o juiz da 2ª Vara suspendeu o processo e determinou o arquivamento dos autos até que os dois fossem localizados. Com a prisão de Gordinho nesta terça, a ação contra ele por roubo majorado será retomada.

Semelhança fatal – Gordinho teria aparência física semelhante ao advogado e usava roupas parecidas naquele dia. Foi ele que tirou o advogado da cabine e assumiu a direção do veículo. Na mesma madrugada levou a caminhonete para o Paraguai. Bêbado, o policial teria confundido o amigo advogado com o assaltante e atirou oito vezes em Márcio Alexandre.

O processo pela morte do advogado ainda está em andamento e não existe certeza se o policial federal, embora denunciado pelo Ministério Público, irá a júri popular. Portela e o advogado passaram o dia bebendo juntos e foram assaltados quando voltavam para casa.

Márcio usava roupas parecidas com as de um dos assaltantes, o que teria confundido o policial. Até um dos assaltantes, Isaque Baptista, achou que o homem caído após os tiros era um dos cúmplices, conforme os depoimentos dele ao longo do processo.

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