ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUARTA  17    CAMPO GRANDE 21º

Interior

Escola vai convocar psicóloga para retorno de menina que mãe tentou matar

Viviane Oliveira | 11/06/2014 11:56
Mãe tinha participação efetiva na vida escolar das filhas, segundo escola. (Foto: site Tribuna Livre de Paranaíba)
Mãe tinha participação efetiva na vida escolar das filhas, segundo escola. (Foto: site Tribuna Livre de Paranaíba)

A direção da Escola Municipal Professora Liduvina Motta Camargo onde estuda Saila de Souza Cavalcante, 8 anos, que foi ferida pela mãe com um golpe de facão no pescoço, na madrugada de ontem, vai pedir ajuda à uma psicóloga para trabalhar com os alunos antes e depois que a menina voltar para às aulas. De luto, ontem não houve aula na escola, em Paranaíba, distante 422 quilômetros de Campo Grande.

Saila, que cursa a 1ª série, foi ferida a golpes de facão pela mãe, Luzia Marques de Souza Cavalcante, 38 anos. A mulher matou a outra filha, Sara de Souza Cavalcante, de 14 anos, e depois cometeu suicídio. Sara cursava o 9º ano na escola.

A vice-diretora Marineuza Cássia Oliveira Nagliati, contou que os alunos, principalmente das salas das meninas, estão muito assustados com o que aconteceu. “Nós todos ficamos espantados com a notícia dessa tragédia”, diz. Ela acrescenta ainda que Luzia era presente e sempre estava na escola acompanhando a vida escolar das filhas.
Segundo Marineuza, a mãe das meninas nunca apresentou comportamento diferente. “Só agora, descobrimos que Luzia era depressiva”, destaca.

Na escola, diz a vice-diretora, nunca tivemos problemas com as duas e muito menos com a mãe delas. Os corpos de Luzia e da adolescente foram sepultados às 7h de hoje, no cemitério local do município. “Hoje de manhã, alguns alunos chegaram chorando na escola. Precisamos da ajuda de um profissional para trabalhar com essas crianças e adolescentes”, relata a vice-diretora.

Estado de saúde - Saila continua internada no Hospital Santa Casa de Misericórdia de Paranaíba e não corre risco de morte. Segundo a assistente social do hospital, Sueli Messias Vieira, a menina não precisa mais da ajuda de aparelhos para respirar, já está conseguindo se alimentar e passa bem.

A Polícia Civil aguarda o resultado da perícia, que vai mostrar como estava a cena da tragédia. Até agora, segundo as informações repassadas, o que se sabe é que a mulher matou a filhas de 14 anos com um golpe de facão no pescoço,tentou matar a outra e depois se matou, enforcando-se com o fio de um secador, amarrado à grade uma janela. As meninas foram feridas no quarto onde dormiam.

O irmão de Luzia, Pascoal Marques de Sousa, 43 anos contou ao Campo Grande News que o casal, que estava em processo de separação, brigava muito e por isso já se separou várias vezes.

Conforme a Polícia, a mulher escreveu uma carta para o ex-marido, deixada na casa. No texto há orientações como, por exemplo, o que fazer com a moto da família e sobre o pagamento de algumas despesas. Ela declarou ainda que o ex-marido agora estava livre dela e das filhas.

Ele contou, ainda, que Luzia era uma pessoa de difícil diálogo e que havia ficado em uma clínica por problemas psiquiátricos. “Ela foi internada há uns três meses, mas ela escapou da clínica e estava tomando remédios”, afirmou.

Nos siga no Google Notícias