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Interior

Escrivão que matou jovem chegou a registrar B.O pelo desaparecimento dela

Viviane Oliveira | 24/05/2012 18:27
Delegado mostra a arma utilizada no crime. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Delegado mostra a arma utilizada no crime. (Foto: Rodrigo Pazinato)

O escrivão da Polícia Civil, Ricardo Barem de Araújo, de 38 anos, que matou Sandy Luana Honório Cardoso, de 22 anos, em Maracaju, chegou a registrar Boletim de Ocorrência do desaparecimento da vítima. A informação foi na tarde de hoje (24) durante coletiva de imprensa na DGPC (Diretoria Geral da Polícia Civil).

De acordo com o delegado responsável pelas investigações, Luis Augusto Milani, da 1º delegacia de Polícia de Dourados, no dia 1º de dezembro o policial lotado na Polícia de Maracaju, e outro amigo, foram até a delegacia registrar boletim de ocorrência de desaparecimento.

Para a Polícia, ele disse que sua amiga, Luana, morava em Dourados e havia desaparecido. A partir daí, afirma o delegado, começou as investigações que apontou o policial, que mantinha um relacionamento extraconjugal com a vítima, como o principal suspeito do desaparecimento.

“Mesmo com todas as evidências, como resultado da perícia no carro de Ricardo, ainda não tínhamos a prova da morte de Luana”, disse.

No dia 20 de abril deste ano, cinco meses depois, trabalhadores encontraram uma ossada humana, uma calcinha e um sutiã “vestia a ossada”, às margens da MS-162.

A ossada foi encontrada no dia 20 de abril próximo a rodovia MS-162 - 13 quilômetros de Maracaju. (Foto: Robertinho do site Maracaju Speed)
A ossada foi encontrada no dia 20 de abril próximo a rodovia MS-162 - 13 quilômetros de Maracaju. (Foto: Robertinho do site Maracaju Speed)

Próximo aos ossos também foram encontrados dois projéteis e cápsulas de pistola ponto 40, arma de uso exclusivo da Polícia. No exame de DNA, foi comprovado que a ossada era de Sandy. Também foi feito exame de balística, que indicou que os tiros saíram da arma do escrivão.

Relacionamento - Para a Polícia, Ricardo confessou o crime e disse que não planejou a morte de Sandy. No dia 28 de novembro, por volta da meia-noite, eles estavam namorando nas margens da rodovia, local que ela foi encontrada morta, quando começaram uma discussão. Em determinado momento a vítima caiu e ele aproveitou o momento e disparou três tiros em direção de Sandy.

Segundo ele, há um ano e quatro meses mantinha um relacionamento extraconjugal com a vítima. O delegado relata que segundo as investigações, Luana sabia de coisas que também poderiam comprometer a vida pessoal e profissional de Ricardo.

Ricardo foi indiciado por sequestro, homicídio doloso e ocultação de cadáver. O escrivão está preso em uma das celas da 3ª Delegacia de Polícia Civil.

Ele vai responder, também, a processo administrativo disciplinar que poderá resultar em sua demissão.

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