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Interior

Estudantes prometem manter invasão até governo desistir de cortes e reforma

Em rede social, universitários que ocupam prédio da UFGD em Dourados há nove dias pedem doação de alimentos

Helio de Freitas, de Dourados | 18/11/2016 11:56
Porta-vozes da ocupação conversam com jornalistas (Foto: Helio de Freitas)
Porta-vozes da ocupação conversam com jornalistas (Foto: Helio de Freitas)

Estudantes que há nove dias ocupam o prédio da reitoria da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) prometem manter a invasão até a proposta de emenda constitucional que congela os gastos do governo ser rejeitada pelo Congresso Nacional. Eles também reivindicam a reprovação da proposta de reforma do ensino médio e da “lei da mordaça”.

Na manhã de hoje (18), três porta-vozes do movimento conversaram com jornalistas em frente ao prédio ocupado, localizado na Rua João Rosa Góes, área central de Dourados.

O movimento reivindica também o fim dos cortes dentro da universidade e maior participação dos estudantes nas decisões internas. Segundo eles, essas reivindicações já começaram a ser atendidas.

“O movimento continua até a reprovação das medidas”, afirmou uma estudante. Os três se identificaram como “Guilherme” – em homenagem ao estudante de matemática Guilherme Silva Neto, 20, que foi morto pelo pai, no dia 15 deste mês, em Goiânia (GO).

Guilherme virou um “mártir” das ocupações, já que a briga com o pai teria começado por ele participar dos protestos na capital goiana. O engenheiro Alexandre José da Silva Neto, 60, se matou após assassinar o filho.

Ocupação, não invasão – Uma porta-voz do movimento também rebateu informações divulgadas pela mídia de que estão invadindo o prédio público e acusou um profissional da imprensa – não identificado – de tentar invadir o local na semana para captar imagens.

“Nossa ocupação é um movimento democrático e legal, aprovado em assembleia. Pular muro para fazer foto, gravar, isso sim foi invasão”, afirmou a estudante.

Sem acordo com UFGD – Os porta-vozes do protesto rebateram também informações de que o movimento está impedindo o trabalho dos servidores e afirmam que desde segunda-feira (14) o acesso está liberado para a retirada de documentos. Entretanto, não houve acordo com a reitoria, já que os manifestantes exigem uma lista com os nomes dos funcionários e que todos se identifiquem na portaria.

“Hoje liberamos a entrada de servidores para a retirada de documentos em todos os departamentos, foi um pedido da reitoria. A partir de segunda, só com escala”, afirmou a estudante. Até agora a UFGD não se manifestou se pedirá a reintegração do prédio, onde funcionam projetos de extensão a parte administrativa da universidade.

Alimentos – Na página do movimento na rede social Facebook, os manifestantes divulgaram uma carta hoje pedindo doação de alimentos.

Eles solicitam que os colaboradores deixem os mantimentos na entrada principal. Os universitários pedem carne moída, puchero ou frango sem osso, salada, leite, pão, feijão, suco e vários outros itens.

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