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Interior

Ex-prefeito de Porto Murtinho se defende e vê motivação política em investigação

Nícholas Vasconcelos | 15/01/2013 17:21
Nelson Cintra acusou adversários pelas denúncias apuradas por operação. (Foto: Arquivo / Campo Grande News)
Nelson Cintra acusou adversários pelas denúncias apuradas por operação. (Foto: Arquivo / Campo Grande News)

O ex-prefeito de Porto Murtinho, Nelson Cintra (PSDB), se defendeu das acusações de desvio de combustível e tráfico de influência investigados pela operação “Ponte Nova”, do Gaeco (Grupo Especial de Repressão ao Crime Organizado) e PRF (Polícia Rodoviária Federal), deflagrada hoje na cidade e também em Jardim e Campo Grande.

“A denúncia não procede e é tudo perseguição política”, disse o ex-administrador. Ele disse estar tranquilo e vai esperar o desfecho das investigações do MPE (Ministério Público Estadual).

A operação investiga o desvio de dinheiro público entre os meses de setembro e outubro do ano passado. Segundo o MPE, foram autorizados diversos abastecimentos irregulares que beneficiaram particulares sem vínculo com a administração pública, pagos pela Prefeitura a postos de combustíveis em Jardim.

Cintra afirmou desconhecer qualquer tipo de desvio de combustível de forma direta ou por meio dos secretários municipais. “O posto de Jardim está licitado há oito anos, não creio que os secretários tenham feito isso agora”, disse.

Os agentes do Gaeco apreenderam documentos na Prefeitura, na residência do ex-secretário de Administração e da ex-assessora de Finanças do município, além de dois postos de combustível na cidade de Jardim e na sede de uma construtora em Campo Grande.

São apurados ainda indícios de tráfico de influência e financiamento irregular de campanha por representantes de uma construtora, vencedora de licitação para reforma de ponte na zona rural do município. “A empresa presta serviço também para o Governo do Estado, fez um Ceinf (Centro de Educação Infantil), estação de tratamento do laticínio, tudo licitado com lisura e transparência”, afirma o ex-prefeito.

O atual prefeito Heitor Miranda (PT) disse que todas as denúncias são referentes à administração passada e que colaborou com os promotores do Gaeco. “Ainda não tivemos acesso à documentação investigada”, explicou.

Miranda reclamou do pouco tempo para a transição entre uma administração e outra, já que a candidata eleita, Rosângela Baptista (PMDB), teve o registro de candidatura cassado pela Justiça Eleitoral. “Estamos levantando a situação porque tivemos menos de 10 dias para a transição e ainda com período de feriados”.

Ainda segundo o novo prefeito, a Caixa Econômica Federal investiga a inauguração de casas populares que não foram concluídas. “Algumas casas não tinham piso, outras portas e janelas. A Caixa vai avaliar a situação dos imóveis”, disse.

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