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Interior

Falta de repasse zera estoque de remédios de pacientes com câncer

Vinícius Squinelo | 15/10/2013 23:37

O atraso no repasse de recursos do SUS (Sistema Único de Saúde) e de convênios para o Hospital do Câncer de Dourados compromete o atendimento dos mais de 1,5 mil pacientes que fazem tratamento na unidade.

Há dois meses sem receber, a administração do hospital teme nova crise e já suspendeu a compra mensal de medicamentos, que seria feita ontem, conforme informações do site Dourados Agora.

O diretor clínico do HC, Mario Eduardo Rocha, disse que os salários dos médicos, orçado em R$ 141,4 mil, venceram nesta terça-feira e, até a próxima segunda, vence outros R$ 142 mil em contas, de boletos bancários.

“Lamentavelmente passamos por uma nova crise financeira, pois voltamos a ficar sem repasses para honrar com folha de pagamento e comprar medicamentos para os pacientes”, afirmou Rocha, em entrevista ao Dourados Agora.

A unidade sobrevive apenas de recursos repassados pelo Ministério da Saúde e de convênios de planos de saúde. Todos os recursos do HC são oriundos da produção de atendimento prestado por cada serviço, sendo pago pela tabela do SUS, como também de convênios. Todo o dinheiro é recebido pelo Hospital Evangélico, mantenedor do Hospital do Câncer e de outro hospital público da cidade, o Hospital da Vida, além da Clínica do Rim. Somente após passar por auditoria do HE é que os recursos são repassados para cada uma dessas unidades.

Por mês o Hospital do Câncer tem despesas de aproximadamente R$ 400 mil e a falta de repasse tem ‘minado’ a cada mês a unidade.

O atraso de repasse tem causado dívidas do hospital com agências bancárias. Por mês são pagos cerca de R$ 10 mil de juros.

Em fevereiro deste ano, para dar um fim à crise, foi assinado um termo de ajuste de conduta entre o Hospital do Câncer, que se comprometeu a dar continuidade ao atendimento de oncologia aos usuários do SUS, e Hospital Evangélico, que se responsabilizou a colocar em dia os pagamentos ao Hospital do Câncer. No entanto, o compromisso firmado está sendo rompido e o Hospital do Câncer voltou a ficar sem receber os recursos.

Na época, por conta do atraso dos repasses, o Hospital do Câncer contraiu um empréstimo de R$ 330 para cobrir despesas. A administração teme que o mesmo problema volte a se repetir e a unidade tenha que se contrair novos empréstimos para garantir o atendimento dos pacientes de Dourados e de 35 municípios da região.

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