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Interior

Famílias continuam em casas invadidas e Caixa aguarda saída

Funcionários da Caixa e da construtora tentam convencer famílias a deixarem loteamento; invasores dizem que não vão sair

Helio de Freitas, de Dourados | 16/04/2015 16:52
Famílias continuam em loteamento social invadido no fim de semana em Dourados (Foto: Max Rocha/Douranews)
Famílias continuam em loteamento social invadido no fim de semana em Dourados (Foto: Max Rocha/Douranews)

As 450 famílias que no final de semana invadiram o loteamento popular Dioclécio Artuzi III, em Dourados, a 233 km de Campo Grande, continuam ocupando as casas e não há previsão de quando elas sairão para que as moradias possam ser concluídas e entregues aos contemplados, escolhidos em sorteios no ano passado.

Construído com recursos do programa “Minha Casa, Minha Vida”, o loteamento fica na margem da rodovia MS-156, que liga a BR-163 ao Distrito Industrial de Dourados. Existem outros cinco residenciais populares no local, dois deles já entregues.

Funcionários da Caixa Econômica Federal e da empresa LC Braga, contratada pelo banco para construir as casas, estão percorrendo o loteamento para conversar com os invasores e tentar convencê-los a desocuparam as moradias de forma pacífica, para evitar um pedido de despejo.

O representante da LC Braga em Dourados, Ramão Pedroso, foi procurado nesta tarde pelo Campo Grande News, mas informou que estava na Capital “pegando um voo para São Paulo” e não poderia falar sobre o caso. No início da semana chegou a ser divulgado que a empresa já havia pedido a reintegração de posse, mas essa informação não foi confirmada.

Nesta quinta, pessoas que ocupam o loteamento afirmaram ao site Douranews que não vão sair do local, pois se isso acontecer ficarão mais anos e anos na fila, esperando uma casa popular. De acordo com o site douradense, a maioria dos invasores afirma estar inscrito no programa de habitação do município, mas não aguentam mais esperar.

“Se a empreiteira não dá conta de concluir, nós estamos dispostos a reunir o pessoal aqui e assumir o restante, cada um de nós acaba de construir a casa que vai ficar”, sugeriu Davi Gomes Pereira, desempregado, que aguarda há sete anos pelo sorteio.

Outra sem-teto, Luciana Ferreira Sales, que tem necessidades especiais, decidiu ocupar uma das casas com o filho Alessandro, de 2 anos, por não conseguir mais pagar o aluguel de R$ 350 no Parque das Nações II. “Não deveria haver um critério diferente pra gente como nós?”, cobrou ela.

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