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Interior

Fibria é condenada a pagar R$ 2 milhões por dano moral coletivo

Decisão considerou irregular a terceirização de serviços para produção de celulose

Elci Holsback | 05/12/2016 16:51
Valor da sentença deve ser revertido a serviços sociais para a cidade (Foto: Divulgação/MPT-MS)
Valor da sentença deve ser revertido a serviços sociais para a cidade (Foto: Divulgação/MPT-MS)

A multinacional Fibria - MS Celulose, localizada em Três Lagoas - município distante 338 Km de Campo Grande foi multada em R$ 2 milhões em ação do MPT-MS (Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul) devido a terceirização ilícita das atividades de manuseio, plantio, cultivo, cuidados e corte do eucalipto para a produção da celulose.

Segundo o MPT-MS, a juíza do trabalho Patrícia Balbuena de Oliveira Bello considerou que as atividades fazem parte do processo de produção da celulose, que é o objetivo central da empresa e, portanto, devem ser caracterizadas como atividade que deve ser executada pela indústria.

De acordo com a decisão, a terceirização negou aos empregados acesso a direitos trabalhistas fundamentais, servindo como estratégia para reduzir os custos e precarizar o trabalho.

A decisão também proíbe a contratação por meio de pessoa jurídica, de serviços relacionados à sua atividade-fim, ou seja, extração do eucalipto. O descumprimento das obrigações pode gerar multa diária de R$ 20 mil.

O despacho determina ainda que a Fibria fiscalize as empresas terceirizadas, visando cumprimento das condições mínimas de saúde, segurança, medicina e higiene, nas áreas de florestamento e reflorestamento, sob pena de multa no valor de R$ 50 mil por item violado.

A sentença de R$ 2 milhões por dano moral provocado à coletividade, deverá ser revertido à população de Três Lagoas, por meio de serviços sociais. Ainda cabe recurso.

A reportagem do Campo Grande News entrou em contato com a assessoria de imprensa da Fibria-MS, que informou que a indústria irá se manifestar em breve por meio de nota.

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