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Interior

Grupo que linchou homem é suspeito de outro espancamento

Viviane Oliveira | 30/05/2014 12:30

O mesmo grupo que linchou até a morte Valdir Vilhalba Alves, 30 anos, na quarta-feira (29) é suspeito de ter espancado um rapaz, que também foi acusado de furto, um dia antes na mesma região, na Vila Áurea, em Ponta Porã, distante 323 quilômetros de Campo Grande. A vítima foi ouvida pela Polícia na manhã de hoje.

Conforme o delegado responsável pelo caso, Jarley Inácio de Souza, na terça-feira (27), um homem, que não teve a identidade revelada, foi acusado de furto. Ele apanhou de um grupo de pessoas, que chegou a ir a casa dele. A vítima só foi liberada depois que os produtos furtados na região não foram encontrados.

O delegado acredita que se trata do mesmo grupo e investiga se os crimes têm conexão. “A gente quer saber se nesta região há um grupo de justiceiros, que estão querendo fazer justiça com as próprias mãos”, diz. O delegado contou que ainda não foram identificadas as pessoas, mas se trata de 20 a 30 no bando.

Jarley diz que a população tem o dinheiro de prender se caso flagrar uma pessoa furtando, no entanto, a Polícia deve ser chamada. “O acusado tem direito de ir a julgamento justo. Há décadas o estado tomou as rédeas, justamente, porque todo mundo tem direito a defesa”, explica.

Os agressores vão responder por homicídio doloso qualificado pelo concurso de pessoas e por dificultar a defesa da vítima. “Essas pessoas precisam ser punidas, pois não podem sair por ai fazendo justiça”, diz.

O crime - Tudo começou quando Vanessa Menin Brandão, 27 anos, viu o rapaz levando os móveis, da casa da mãe dela. À Polícia, ela contou que o abordou e recebeu a resposta de que ele havia ganhado as cadeiras. Diante disso, ela gritou “pega ladrão”, e foi atrás do namorado, Diego Leandro Leão dos Santos.

De moto, sozinho, o rapaz seguiu o homem por 300 metros e o encontrou em um bar, tentado vender as cadeiras. O namorado de Vanessa avisou as pessoas que se tratava de um ladrão e foi buscar a namorada para levá-la até o local, onde as pessoas seguravam a vítima.

Ainda conforme relato de Vanessa, quando ela retornou com o namorado, o homem já estava sendo agredido e com muitos ferimentos. Nesse momento, segundo ela contou, pediu que parassem com as agressões e chamou o Corpo de Bombeiros. Valdir foi agredido socos, pontapés, a pedradas e pauladas. O casal, Vanessa e o namorado, negam o crime.

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