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Interior

Homem que matou bebê de 5 meses ficará em cela isolada para não ser atacado

Luciana Brazil | 01/10/2013 13:19
Mãe da criança será indiciada por omissão. (Foto:Dourados Agora)
Mãe da criança será indiciada por omissão. (Foto:Dourados Agora)

O guardador de carros José Fernandes de Freitas, 36 anos, preso em flagrante por homicídio, depois de matar por espancamento um bebê de cinco meses na tarde de segunda-feira (30), em Dourados, ficará em uma área isolada na Penitenciária Harry Amorim Costa (Phac), segundo site Dourados Agora.

Conforme o delegado geral do SIG (Serviços de Investigações Gerais) da Polícia Civil de Dourados, Adilson Stiguivitis, o homem corre risco de morte se ficar em uma cela comum com outros presos, já que o crime pode revoltar os companheiros de cela.

José foi preso por homicídio triplamente qualificado e irá responder também por tortura.

“Durante as investigações soubemos que ele vinha agredindo violentamente o bebê filho da mulher que era sua funcionária. Na noite de domingo ele bateu na criança com tanta violência, que ela acabou morrendo. As agressões ocorriam há pelo menos 15 dias. Durante depoimento ele se reservou no direito de ficar calado, mas todas as evidências o apontaram como culpado”, contou o delegado ao site Dourados Agora.

A mãe da criança não está presa, mas pode ser indiciada por omissão. “Ela está sendo investigada, pois, embora não tenha sido coautora dos crimes, sabia que o homem estava batendo na criança, mas nunca teve coragem de denunciar”.

“A mulher contou que certa vez foi questioná-lo a respeito de sua personalidade violenta, e acabou apanhando. Entretanto, deveria ter tomado alguma atitude, mesmo que fosse uma denúncia anônima. Se isso tivesse acontecido, talvez a criança não morresse”.

Caso: O bebê de cinco meses morreu no início da tarde de ontem (30). A criança, uma menina, chegou a ser encaminhada ao hospital, mas devido aos hematomas não resistiu. A mãe da criança disse que o bebê teria caído do berço. No hospital, foi constatado que a criança tinha sido vítima de espancamento.

O Conselho Tutelar foi acionado e, juntamente com o Serviço de Investigação Geral da Polícia Civil esteve na casa da mãe. Ela foi detida e encaminhada à delegacia.

Freitas era “flanelinha” no shopping de Dourados e recrutou a mãe da criança, Katiuscia Juliethi de Oliveira, 28 anos, que seria ex-usuária de drogas para trabalhar para ele, e deixou a mesma morar em sua casa, junto com a esposa e mais duas crianças.

Ainda segundo investigação da polícia, três testemunhas, disseram que quando a mãe da criança saia para trabalhar, Freitas ficava em casa com ela e por diversas vezes a agrediu.

Katiuscia vai responder pelo crime de omissão, mas em liberdade, pois na hora que acionou a equipe do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), disse que o bebê tinha caído do berço.

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