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Interior

Homem que matou desafeto na frente de boate foi morto por segurança

Segurança da boate se apresentou hoje à Polícia Civil e disse que atirou com uma pistola que teria caído da mão da outra vítima

Helio de Freitas, de Dourados | 06/10/2016 15:18
Saulo, que horas antes atirou em Cleiton, foi encontrado morto segunda de manhã (Foto: Sidnei Bronka/94 FM)
Saulo, que horas antes atirou em Cleiton, foi encontrado morto segunda de manhã (Foto: Sidnei Bronka/94 FM)

Saulo Rafael Arzamendia, 39, encontrado morto na manhã de segunda-feira (3) em Dourados, a 233 km de Campo Grande, e apontado como autor do assassinato de Cleiton Gonçalves Almeida, 33, em frente à boate Jangoo, na madrugada do mesmo dia, foi atingido por tiros disparados por um segurança da casa noturna.

A versão foi contada pelo próprio segurança, de 29 anos de idade e cujo nome ainda não foi revelado pela Polícia Civil. Na tarde de hoje (6), ele se apresentou na 1ª Delegacia de Polícia e confessou ter atirado em Saulo.

O segurança também apresentou a arma usada no crime, uma pistola de pequeno porte calibre 6.35. Segundo a versão dele, a arma era de Cleiton Almeida e teria caído no momento em que a primeira vítima tentava se defender de Saulo.

Ele afirmou que na madrugada de segunda-feira já tinha encerrado seu turno na boate e estava fumando em frente ao local quando viu Saulo atirando em Cleiton, que chegou a correr, mas caiu no canteiro central, onde levou mais tiros. Na versão do segurança, Cleiton estava com a arma, mas não teve tempo de atirar.

Ao ver a pistola no chão e o atirador fugindo após atirar em Cleiton, o segurança disse pegou a arma e fez dois disparos na direção de Saulo. Um tiro acertou o homem nas costas. Saulo se escondeu em frente a um escritório de advocacia próximo ao local e foi encontrado morto horas depois.

A história contada pelo segurança da boate não está de acordo com as imagens do sistema de segurança da boate entregues à polícia.

As imagens mostram Saulo se aproximando de Cleiton, onde faz o primeiro disparo, depois corre atrás da vítima até Cleiton cair no canteiro central, onde atira outras vezes.

Depois Saulo aparece fugindo, momento em que cai, se levanta e corre cambaleando. Agora a polícia vai investigar se as imagens foram editadas para cortar o trecho em que o segurança atira em Saulo.

Presos - Charles Junior Emídio Onofre, 27, e Ederson Batista Lopes, 32, detidos por seguranças da boate e entregues à Polícia Militar, continuam presos por suspeita de participação na morte de Cleiton.

Os dois eram amigos de Saulo. O revólver usado por Saulo para atirar em Cleiton foi encontrado com a dupla. Eles teriam pegado a arma que Saulo deixou cair ao fugir, mas não socorreram o amigo. Os dois se negaram a dar informações sobre os fatos.

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